Advogado nega que cliente envolvido na morte de Dorothy seja procurado pela Polícia no Acre

O advogado Ayres Dutra, que se apresentou ao ContilNet como defensor do paraense Amair Feijoli da Cunha, o “Tato”, de 54 anos, que vem sendo acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) como invasor e desmatador de terras públicos, negou que seu cliente esteja sendo procurado pela Polícia Civil do Acre. Admitiu, no entanto, que o procurado é um filho de seu cliente, Patrick da Cunha, acusado de tentativa de homicídio contra um cidadão de Sena Madureira, que prestou queixa à polícia.

O advogado Ayres Cunha disse que seu cliente tem endereço fixo em Rio Branco – embora tenha se recusado a fornecê-lo à reportagem e também afirmou que o acusado não tem obrigação de conceder entrevistas e que, no caso, falaria por ele. O advogado, no entanto, não quis comentar a condenação anterior de seu cliente.

Amair Feijoli da Cunha foi condenado por envolvimento no assassinato da religiosa e missionária norte-americana Dorothy Stang, assassinada a tiros em 2005 num assentamento na cidade de Anapu, no sudoeste do Pará. Amair Feijoli da Cunha vivia livre no Acre desde que sua condenação passou por redução de pena, progressão e regime até a extinção, pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).

De acordo com o MPF e o MPAC, Amair Feijoli da Cunha é acusado de ocupação irregular na Floresta do Antimary, na região de Feijó, interior do Acre. Uma filha do acusado também responde a processos na Justiça Federal por invasões de terras e desmatamento ilegal.

Amair Tato veio morar no interior do Acre após suspensão da execução de pena, estabelecida em 18 anos de prisão, depois reduzida até a extinção pela Vara Criminal de Rio Branco (AC). De acordo com o advogado Ayres Cunha, seu cliente vive livre em Rio Branco e não deve nada à Justiça.

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