Balseiros acumulam e oferecem riscos à estrutura da ponte metálica em Rio Branco

O Rio Acre, mal começou a tomar as primeiras águas das chuvas que se iniciaram após um longo período de estiagem, que ameaçou inclusive a apartá-lo em alguns trechos, está trazendo à população da capital um novo problema. Desta vez, são os balseiros que são trazidos pela correnteza e que vêm se acumulando em grandes quantidades nos pilares da chamada Ponte Metálica, em Rio Branco, causando riscos à estrutura.

A Defesa Civil de Rio Branco e o Corpo de Bombeiros do Estado devem começar a agir nas próximas horas para o serviço de liberação dos balseiros das pilastras.

“Será um serviço que a gente faz praticamente todos os anos”, disse o tenente-coronel Claudio Falcão, coordenador da Defesa Civil da Prefeitura da capital, que está sendo acionada para as atividades, as quais consistem na serragem das hastes de madeiras com motosserras a fim de que as árvores, secas mas ainda pesadas, possam ser liberadas e soltas ao longo do rio.

O temor é que o peso das árvores trazidas pela correnteza do rio, encostados em grande quantidade nas pilastras, forcem a estrutura da ponte, cuja obra foi iniciada em 1963, no Governo José Augusto de Araújo. O projeto, no entanto, é mais antigo. Data do período do Acre Território, no Governo de Valério Caldas Magalhães, que encomendou as primeiras peças estruturantes à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em 1957.

Inaugurada no governo Jorge Kalume, a obra leva o nome do ex-presidente da República “Juscelino Kubitschek”. Antes da primeira ponte, cruzar o rio Acre de um lado para outro só era possível através de catraias e outras pequenas embarcações.

As preocupações com a estrutura não ocorrem por acaso. É que parte de sua estrutura, após uma grande enchente no início dos anos 80, graças também aos balseiros trazidos pelas águas, romperam parte do vão da ponte, na parte que fica no segundo Distrito da cidade.

No Governo Nabor Júnior, que assumiu em 1983, o então secretário de Transporte, Rubem Soares Branquinho, improvisou uma passarela em madeira a partir do que havia sobrado da ponte, para o transporte apenas de pedestres e ciclistas. A construção, ao estilo daquelas pontes mostradas em filmes em locações na Ásia, com a madeira segurando por cabos que balançam no ar à medida que as pessoas se movimentam sobre a estrutura suspensa, logo foi batizada de “Baila Comigo” – alusão a uma novela da Rede Globo, que estava no ar naquela época.

Recuperada em 1984, a ponte conta com 230 metros de extensão, feita em concreto armado e estrutura asfáltica. A ponte acaba de fazer 50 anos de construída.

O nível do afluente já chegou a 5,64 m.

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