Após o resultado das eleições presidenciais, decididas em segundo turno no último domingo (30), diversas siglas têm manifestado seus posicionamentos com relação à integrar base ou oposição ao Governo Lula (2023-2016). Uma das especulações da imprensa nacional é de que o União Brasil possa fazer parte da base do governo do petista.
O deputado federal e senador eleito Alan Rick (União Brasil) afirma que desde o resultado das eleições, o posicionamento segue o mesmo: ser oposição. “Eu não vou apoiar o governo Lula, ser oposição foi a minha primeira fala após a eleição. Se o partido insistir em fechar questões para ser base do Lula, eu saio da União Brasil, mas eu acredito no bom senso do presidente Bivar”, diz o senador eleito.
Com relação às especulações, o senador eleito disse ao ContilNet que apesar do aceno do presidente do partido, Luciano Bivar, à Lula, a situação não é consenso dentro do partido. “A maioria dos deputados e senadores eleitos do União Brasil foram eleitos apoiando o presidente Bolsonaro. Acho que o partido vai ficar na independência e respeitar o posicionamento de cada parlamentar. E isso agora é só especulação. É por enquanto”, explica Alan Rick.
O senador Márcio Bittar (União Brasil) afirma que não fará parte da base do governo Lula pelos ideais que acredita desde a juventude. “Eu sou de direita, conservador e não é por causa do Bolsonaro. Não é por causa de ninguém. Acho que o Estado tem que interferir o mínimo na vida particular das pessoas, quer seja no mundo dos negócios, no mundo da política, no mundo das opções sexuais, do mundo das opções religiosas. Essa é a visão clássica de direita. Todo mundo me conhece”, explica ao ContilNet.
Além disso, Bittar diz que duvida que o partido faça parte da base do governo Lula. “Acho impossível que o União Brasil faça eu apoiar ideias que eu não concordo. Eu não vejo motivo nenhum para eu sair partido. Vamos dar tempo ao tempo, mas não é possível”, acrescenta.
Com o mesmo posicionamento dos correligionários, o deputado federal eleito, Ulysses Araújo, explicou ao ContilNet que o maior líder é Deus e a consciência. “Eu sou um cristão. O meu maior líder é Deus e a minha consciência, em seguida, é o povo, principalmente as pessoas que me elegeram, portanto, o projeto que esteja de acordo com os princípios cristãos, que defenda o interesse da população, vai ter o meu apoio. Caso contrário, não vai ter”, explica.
Além disso, o deputado eleito afirmou que não pode deixar o partido, visto que perderia o mandato de deputado federal. “Em uma eleição majoritária, para governador, presidente e senador pode deixar o partido a hora que quiser, mas em uma eleição proporcional, não pode deixar o partido, senão perde o mandato”, acrescenta.