O combustível está enfrentando problemas no repasse de valores no Brasil. Esse processo não está ocorrendo há algumas semanas e agora, motoristas estão preocupados. Isso porque na hora que o processo acontecer, os valores subiram de maneira muito rápida.
É necessário lembrar que os valores da gasolina estão sendo discutidos a muito tempo. Isso porque eles tiveram um aumento expressivo durante o ano. Só há poucos meses que eles haviam caído novamente.
Combustível em alta?
Os valores do combustível estão congelados há algumas semanas pela Petrobras. A empresa alega que a está utilizando uma fórmula diferente para medir a defasagem em relação aos preços do mercado internacional.
Vale lembrar que nesta quinta-feira a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) registrou que a empresa está cobrando 20% a menos no diesel 18% na gasolina.
Vale destacar que a estatal está sem alterar os preços da gasolina há 56 dias e 38 dias sem reajustar os valores do diesel.
De acordo com especialistas, o Governo Federal está pressionando a empresa a não repassar os reajustes. O motivo seria o segundo turno da votação, que ocorre no final do mês.
Porém, essa discussão foi negada pela empresa que disse apenas estar usando uma metodologia diferente para realizar o cálculo da defasagem nos preços. Assim, eles comentando que no momento estão sim alinhados com o mercado internacional.
O que dizem os especialistas?
De acordo com Sérgio Araújo, presidente da Abicom, é uma surpresa para muitos que a empresa não esteja realizando os reajustes após mais de 15 dias com defasagem nos preços do combustível.
Contudo, quando o preço do petróleo foi reduzido no mês de setembro, a empresa reduziu o valor imediatamente. Esse processo ocorre tanto com o diesel como com a gasolina.
O executivo comentou que na prática os valores da Abicom estão de acordo com os da Petrobras nas baixas de preço. Contudo, agora com o grande preço, ela não buscou modificar os valores.
Assim, com os preços atuais, os importantes associados à Abicom não terão condições de trazer mais combustível de fora por conta da falta de competitividade.
De acordo com a empresa, para que seja possível alinhar os valores atuais ao preço no mercado internacional as refinarias do Brasil deveriam elevar a gasolina em R$ 0,75 por litro e o diesel em R$ 1,25 por litro, considerando uma média.
Vale lembrar que uma das maiores refinarias do País, que está localizada na Bahia, as defasagens estão menores. De acordo com a Abicom, a empresa que já foi propriedade da Petrobras, está com seu preço com 13% de diferença no mercado baiano em relação ao diesel. Já a gasolina está com 8% de diferença.
Assim, principalmente o diesel tem sofrido uma maior pressão do mercado externo por conta do início do inverno no Hemisfério Norte. Assim, soma-se essa situação à guerra que ainda acontece entre Ucrânia e Rússia.
Porém, a gasolina está seguindo uma tendência bastante alta ao considerar o aumento de consumo do produto nos Estados Unidos da América.
A expectativa dos especialistas é que a partir dos primeiros dias de novembro esse valor volte a subir. Isso porque já terá passado o segundo turno das eleições.