Fronteira da Bolívia com Corumbá é reaberta após mais de 30 dias de bloqueio

Após mais de 30 dias bloqueada por manifestantes, a fronteira do Brasil com a Bolívia foi reaberta nesse sábado (26).

Os manifestantes suspenderam a greve que pressionava o governo boliviano a realizar o Censo Demográfico e Populacional no início da manhã, mas foi só a noite que o desbloqueio aconteceu na fronteira que liga Puerto Suarez, cidade Boliviana, com Corumbá, município de Mato Grosso do Sul.

De acordo com a Receita Federal o valor estimado de mercadorias que deixaram de circular entre os dois países é de um bilhão, cento e vinte e cinco milhões de reais.

Após os líderes cívicos decidirem pela liberação do tráfego, tratores foram usados para retirar montes de terra usados no bloqueio do lado boliviano. Caminhoneiros brasileiros que também haviam bloqueado o acesso, retiraram os pneus que faziam barricadas e desmontaram acampamento onde permaneceram por dez dias.

Os primeiros a cruzar a linha internacional foram motocicletas e carros de passeio. Logo em seguida, os caminhões, a maioria vazios. Muitos celebraram com gritos a reabertura da fronteira.

O trecho estava bloqueado desde o dia 21 de outubro, por manifestantes que exigiam a realização do Censo Demográfico na Bolívia, adiado para 2024, ser realizado no ano que vem. No total, a greve no país vizinho durou 36 dias.

Prejuízos

O valor estimado de mercadorias que deixaram de circular entre os dois países, conforme a Receita Federal é de R$ 45 milhões por dia útil de funcionamento do Porto Seco de Corumbá.

Como o bloqueio da fronteira, durou 25 dias úteis, os prejuízos estimados foram na ordem de um bilhão cento e vinte e cinco milhões de reais.

Em valor comercial, 90% são exportações brasileiras e 10% são exportações bolivianas. Sendo assim, os exportadores brasileiros deixaram de faturar um bilhão, doze milhões e quinhentos mil reais, e os exportadores bolivianos cento e doze milhões e quinhentos mil reais, segundo a Receita.

O órgão irá se reunir com os representantes do Porto Seco, transportadores, importadores e exportadores para buscar alternativas com o objetivo de minimizar todo esse impacto.

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