Um jovem de 20 anos, que mandou matar o pai quando ainda era adolescente, foi assassinado com 10 tiros. O corpo dele foi encontrado em um matagal da zona Leste de Porto Velho, na tarde da segunda-feira (28).
Jucelino Júnior Magalhães tinha apenas 16 anos quando se tornou suspeito de ser o mandante da morte do próprio pai. Ele contratou quatro homens, em troca de R$ 20 mil, para simular o assalto e tirar a vida de Jucelino Fotele Magalhães.
O adolescente chegou a ser encaminhado a uma unidade de internação, mas foi liberado e atualmente estava solto.
De acordo com o boletim de ocorrência, o corpo do jovem foi localizado na beira de um córrego com 10 perfurações por arma de fogo: no pescoço, testa, cabeça e mão.
A Polícia Civil diz que a morte do filho não tem ligação com a do pai. O caso vai ser investigado, mas uma das possibilidades é que possa se tratar de um “acerto de contas” motivado por facções.
Mandante da morte do pai
Jucelino Fotele Magalhães, pai da vítima, era dono de um mercado no bairro Socialista. Ele foi morto no dia 10 de maio de 2019 e, inicialmente, o crime era tratado como um assalto seguido de morte. Após o crime, os bandidos fugiram com R$ 2 mil em dinheiro.
Em novembro de 2021, quatro homens foram condenados por participação na execução do crime. As investigações apontaram que o adolescente contratou os réus em troca de R$ 20 mil para forjar o assalto e executar a vítima com tiro na cabeça.
O que contribuiu para elucidação do crime foram câmeras de segurança.Imagens de um estabelecimento mostravam o filho da vítima, na época com 16 anos, fazendo um sinal aos assaltantes avisando o momento certo para executarem o crime.
No dia 29 de maio, a polícia apreendeu o menor, que riu ao confessar ser o mandante do homicídio do pai e “pareceu não demonstrar arrependimento”. De acordo com a delegada Leisaloma Carvalho, as suspeitas sobre o adolescente começaram quando ele demonstrou frieza no velório do pai e também no primeiro depoimento que prestou na polícia.
No depoimento, o garoto ainda afirmou que planejava a morte dos executores do pai, para não pagar a dívida do homicídio. A simulação do latrocínio também foi tramada pelo menor.