Uma parte importante da agenda de privatizações e concessões que vinha sendo tocada no governo de Jair Bolsonaro deve acabar revista, adiada ou mesmo cancelada com a entrada de Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto, de acordo com especialistas consultados pelo CNN Brasil Business.
Correios, o Dataprev e o Porto de Santos, além do processo de venda de ativos da Petrobras, como gasodutos e refinarias, são alguns dos principais projetos de desestatização que já estavam em andamento ou com projeto pronto no atual governo, e que a equipe de transição para o terceiro mandato de Lula já tem dito que devem ser revisitados. A Embrapa, empresa de pesquisa agropecuária, que também era candidata a um processo de privatização, é outra estatal que não deve migrar para a iniciativa privada.
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (24), o senador petista Rogério Carvalho também retirou qualquer possibilidade de discussão sobre privatização dos bancos públicos – Banco do Brasil, Caixa e BNDES -, além da Petrobras e da Embrapa. Nenhuma dessas empresas chegou a ter o processo de venda estudado até aqui.
Carvalho ainda confirmou o desinteresse da nova gestão em seguir com a venda da Dataprev – “nenhum governo vai privatizar a sua principal fonte de informação” – e a suspensão momentânea do projeto para os Correios, embora não tenha descartado seu debate e também o de outros projetos.
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