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Penitenciária feminina do interior do Acre tem projeto ‘Presídios Leitores’

Por REDAÇÃO CONTILNET

A penitenciária feminina Guimarães Lima, em Cruzeiro do Sul, teve a inauguração do projeto ‘Presídios Leitores’ com abertura de biblioteca realizada nessa quinta-feira (3).

O projeto incentiva a leitura da comunidade carcerária, e insere sabedoria no sistema prisional do estado, com a arrecadação de livros doados e destinados aos presos que buscam uma maneira de conecta-se com o mundo externo através da leitura.

“O slogan do programa é a liberdade passa pela leitura, nós cremos piamente que a liberdade passa pela leitura e isso não se restringe a quem está preso no presídio, mas a liberdade no sentido mais amplo. Nós precisamos de um Brasil que forme leitores, que se preocupe com a formação de leitores e isso não tem sido uma prioridade no Brasil, do programa, que tenta contribuir para a formação de leitores dentro do sistema prisional”, disse Maria José Morais, professora e pesquisadora da UFAC, uma das envolvidas no projeto.

Os pontos de doações e coletas de itens direcionados ao projeto foram abertos em agosto desse ano, e arrecadaram além de diversos livros, todos os móveis necessários para a decoração do ambiente.

Maria José diz que o projeto surgiu da nítida necessidade da inserção da leitura dentro das unidades prisionais do estado.

“Estamos apresentando os resultados dos programas, que os projetos são submetidos a editais, e esses editais buscam recursos para irmos mantendo minimamente a manutenção do projeto”, explica.

No ‘Presídio Manoel Neri da Silva’, atualmente 120 presos, entre homens e mulheres, fazem parte do programa, disse o diretor Elves Barros.

“Eu considero que esse projeto é de uma importância ímpar, que é uma oportunidade desses reeducandos estarem remindo pena, de estarem assimilando, buscando, se debruçando nos livros e, além de estar ajudando o preso na remição de pena, está trazendo conhecimento. A gente sabe que o conhecimento traz liberdade para o ser humano”, destacou o diretor da unidade, que classifica o projeto, como um grande aliado na reeducação dos apenados, e na construção de uma nova perspectiva por meio da leitura.

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