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Polícias do Acre e Bolívia se unem para caçar traficantes e facções criminosas no Alto Acre

Por ITHAMAR DE SOUZA, PARA CONTILNET

Uma operação de natureza integrada entre as forças de segurança do estado do Acre e a Polícia Boliviana foi iniciada na tarde de sexta-feira (18), no município de Epitaciolândia e Brasileia e de forma simultânea em Cobija, na Bolívia, na região de fronteira do Brasil com a Bolívia.

Segundo informações da polícia, as ações serão realizadas de forma integradas e simulação, sendo que do lado brasileiro estará atuando o Grupo Especial de Fronteira, o Gefron, o Giro, Choque, CPCães, e do Bope da Polícia Militar do Estado do Acre, além da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e do lado boliviano na cidade de Cobija estará a Polícia Nacional da Bolívia.

Essas ações não possuem prazo para se encerrarem e visa justamente combater as facções criminosas que atuam fortemente na região de fronteira, como o Comando Vermelho (CV), Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Bonde dos 13, que é uma organização criminosa local.

A reportagem teve acesso as imagens de fotos e vídeos do início das operações com a participação de todo o efetivo das polícias, na avenida Internacional, em Epitaciolândia, e também na província de Cobija, na Bolívia.

Do lado boliviano, lidera a Operação Espelho o comandante da Polícia Nacional no Departamento de Pando, coronel Julio Renán Monroy, enquanto que do lado brasileiro, o tenente-coronel M. Jorge está à frente das ações, visando combater o narcotráfico, o confronto entre as facções criminosas, prisão de faccionados e devolver a sensação de segurança para a população do Alto Acre.

Polícias do Acre e da Bolívia unidas para caçar traficantes e faccionados/Fotos: ContilNet

A reportagem foi até os municípios de Epitaciolandia e Brasileia e sentiu o clima de insegurança e o medo da população. Vários bairros estão com “toque de recolher” impostos pelas organizações criminosas e o horário que pode circular no máximo até às 21h30.

Motoristas de aplicativo já estão sendo proibidos de circular em alguns bairros, sob ameaças de morte, impostas pelos faccionados.

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