Quais são as mulheres cotadas para assumir ministérios no governo Lula?

Por UOL

Eleito no domingo (30), Lula já anunciou que vai criar novos ministérios, recriar alguns dos que foram extintos e aumentar a participação de mulheres em seu governo, que começa no dia 1º de janeiro de 2023. Esse foi, inclusive, um pedido da senadora Simone Tebet (MDB-MS) para apoiar o candidato petista: um quadro ministerial plural em relação a gênero e raça.

Alguns nomes de aliados novos —incluindo a própria Tebet— e antigos do presidente eleito já estão sendo especulados para assumir as pastas. Saiba quem são as mulheres que podem ocupar os cargos mais altos da Esplanada a partir de 2023.

Simone Tebet: Agricultura ou Educação

De rival no primeiro turno a importante cabo eleitoral no segundo, Tebet se tornou uma das mais fortes aliadas de Lula. É cotada para Agricultura ou Educação.

A senadora, que votou a favor do impeachment de Dilma em 2016 e foi alvo de polêmica por defender a suspensão da demarcação de terras indígenas, tem se mostrado mais aberta a algumas pautas progressistas.

Em sua campanha no primeiro turno, se mostrou envolvida na defesa dos direitos das mulheres, como a luta pela igualdade salarial.

Marina Silva: Meio Ambiente

A relação entre Lula e Marina, deputada federal eleita pela Rede-SP, é de longa data e já teve altos e baixos. Marina já foi ministra de Lula entre 2003 e 2008, no Meio Ambiente, e atingiu melhorias significativas nos índices de desmatamento. Seu nome é ventilado para ocupar mais uma vez o cargo.

Nas eleições presidenciais de 2010, 2014 e 2018, fez oposição aos candidatos do PT e chegou a obter 22 milhões de votos contra Dilma em 2014.

Nas eleições deste ano, porém, Marina voltou a se posicionar ao lado do presidente desde o primeiro turno, fortalecendo a campanha de Lula perante o eleitorado evangélico.

Daniela Mercury e Lula – Divulgação – Divulgação

Daniela Mercury: Cultura

Para o Ministério da Cultura, que será recriado por Lula, especula-se o nome de algum artista, já que o presidente pretende repetir a a fórmula de Gilberto Gil, ocupante do cargo entre 2003 e 2008.

Comprometida com temas progressistas, Daniela Mercury se tornou figura queridinha da esquerda desde que assumiu o casamento com Malu Verçosa em 2013 e tem sido ativa a favor dos direitos LGBT, além de questões de gênero e raça.

Izolda Cela: Educação

A atual governadora do Ceará encerra seu mandato em 31 de dezembro e é um nome forte para assumir o Ministério da Educação. Atualmente sem partido, Izolda viajou a São Paulo durante a campanha de Lula no segundo turno para gravar um vídeo em apoio ao presidente.

Na gravação, Lula rasgou elogios ao trabalho de Izolda no âmbito da educação. O Estado é conhecido pelos altos indíces nacionais na área: segundo o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) deste ano, tem 87 das 100 melhores escolas públicas do país.

O presidente eleito encerrou o vídeo dando uma dica de que quer a professora por perto: “Se prepare que vai ter muito trabalho para nós”, disse Lula.

Gleisi Hoffmann: Planejamento ou Fazenda

Figura carimbada em todo palanque ao lado de Lula, a presidente nacional do PT é cotada para assumir o ministério do Planejamento ou da Fazenda. Gleisi foi ministra da Casa Civil no primeiro governo Dilma, mesmo cargo ocupado por Dilma no governo Lula.

A dirigente petista é uma das responsáveis pelo processo de transição de governo e já fez os primeiros contatos com a atual gestão.

Sonia Guajajara: Povos Originários

Lula já anunciou que vai criar o Ministério dos Povos Originários. Até o momento, ele não mencionou quem ocuparia o cargo máximo da pasta, mas Sonia Guajajara é um dos nomes especulados.

A líder indígena, que acaba de ser eleita deputada federal por São Paulo pelo PSOL, é comprometida com pautas ambientais. Na quarta(2), ela participou da conferência do Novo Acordo Verde, evento internacional sobre o clima que antecede a COP27, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas