O Brasil conquistou em 1970 a Copa do Mundo. Por ser a primeira equipe tricampeã ficou em definitivo com a Taça Jules Rimet, o troféu que era a primeira seleção a faturar três vezes a Copa do Mundo. E a CBF resolveu deixá-la exposta em um vidro à prova de bala para seus visitantes, em sua sede no Centro do Rio de Janeiro. De nada adiantou. Em 1983, o exemplar original foi roubado e o paradeiro nunca foi descoberto.
A história da Taça Jules Rimet gera lendas no imaginário de todos. Apesar da versão oficial de que a taça teria sido derretida, nunca se soube qual foi o verdadeiro paradeiro do troféu roubado. Além disso, nada justifica a ideia da Confederação Brasileira em expor o troféu original e deixar réplica guardada em seu cofre.
Quatro pessoas foram condenadas pelo roubo: Sérgio Peralta, Chico Barbudo, Luiz Bigode e Juan Hernández. Sérgio, trabalha na CBF como representante do Atlético-MG. Segundo inquérito policial, foi ele quem passou as informações que a taça original estava sob um vidro blindado, mas apenas protegida por uma moldura de madeira.
Chico Barbudo, por sua vez, teria sido quem invadiu e rendeu os seguranças para o dia do roubo, convidado por Sérgio Peralta. Ao seu lado estava Luiz Bigode. Bigode era amigo de Chico e foi convidado também para executar a ação. Foi preso e nunca confessou que participou do roubo da Jules Rimet. Hernández era o ourives argentino apontado como receptador do roubo e responsável por derreter a taça.
O INQUÉRITO
Um personagem central foi o responsável por “desvendar” o roubo da Jules Rimet e ajudar a polícia a achar os acusados. Antônio Setta, o Broa. Broa era considerado um dos melhores arrombadores de cofres do Rio de Janeiro e foi um dos primeiros convidados por Sérgio Peralta para realizar a ação, porém recusou. Após explodir o caso, Broa denunciou e fez a polícia colocar as mãos nos assaltantes.
Entretanto, quando a polícia chegou aos culpados, a taça já havia desaparecido, provavelmente derretida por Juan Hernández. Em 1989, seis anos depois, o crime foi julgado e Peralta, Bigode e Barbudo foram condenados a nove anos de prisão. Em 1989, Chico Barbudo foi assassinado; Peralta preso em 1994, cumprindo três anos e Luiz Bigode ficou foragido até 1995. Hernández nunca foi condenado.