O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira os dados da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), referentes a situação das pessoas que viviam na miséria ou abaixo da linha da pobreza em 2021, publicados pelo Estadão.
Segundo o relatório, no ano em que o Brasil enfrentou o ápice da pandemia, 62 milhões de brasileiros sobreviviam abaixo da linha de pobreza, o equivalente a 29,4% da população.
Os dados do IBGE mostram ainda a situação da extrema pobreza no Brasil. Em 2021, 8,4% da população estavam vivendo com apenas 5,60 por dia, uma estimativa de mais de 212 milhões de pessoas, maior índice já atingido.
Em relação aos dados das unidades federativas, o Acre figura a terceira posição do ranking, com a maior proporção de habitantes em situação de miséria. De acordo com o IBGE, 16,5% da população estavam em situação de extrema pobreza. O Estado ficou atrás apenas do Maranhão (21,1%) e Pernambuco (18,7%).
O IBGE identificou que se não fosse os R$ 600 do Auxílio Brasil, a situação seria ainda mais crítica. A projeção é de que sem os benefícios sociais, o número de pobres subiria a 32,5% em 2021, enquanto a de brasileiros em extrema pobreza alcançaria 12,2%.