Mesmo apontado estatisticamente como um dos estados mais pobres da Federação, o Acre não consta dos primeiros lugares em que trabalhadores formalmente ocupados têm os mais baixos salários do país. Essas colocações pertencem aos estados do Piauí (média de R$ 1.483, 00) e Maranhão (R$ 1.494, 00), enquanto as unidade federadas com a melhores condições são Distrito Federal (R$ 4.188,00) e São Paulo (R$ 3.119,00).
Os dados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicada em boletim do órgão nesta terça-feira (7). De acordo com os números, o Acre o 11º lugar entre as 27 unidades da Federação, 26 estados e o Distrito Federal.
É o Distrito Federal que ostenta o primeiro lugar com a melhor renda, com a média de rendimento médio mensal, de R$ 4.188. No Distrito Federal, segundo o IBGE, 1,4 milhão de pessoas estão ocupadas e, deste total, 30,8% são trabalhadores informais.
Em relação ao recorte por gênero, 30,2% dos informais são homens e 31,5% são mulheres. Já a respeito da raça, brancos são 28,2% das pessoas na informalidade, já pretos e pardos representam 32,6% desses trabalhadores.
Apesar de ter a maior renda média do país, o DF é uma das unidades da federação com maior desigualdade econômica. Uma forma de avaliar a incidência da desigualdade social é analisar o rendimento segundo sua distribuição por classes de salário mínimo. Em 2021, 14,6% da população brasileira – em torno de 31 milhões de pessoas – viviam com até o valor de um quarto de salário mínimo per capita mensal (R$ 275) e 34,4% – aproximadamente 73,1 milhões de pessoas – com até meio salário mínimo per capita (cerca de R$ 550).
No outro extremo da distribuição, no Brasil, 3,3% – 7,0 milhões de pessoas – tinham rendimento per capita superior a cinco salários mínimos (R$ 5.500). Nas Regiões Sudeste e Sul, 4,7% e 4,1% da população estavam nessa faixa de rendimento, enquanto na Região Norte apenas 1,2%. Já no Distrito Federal, 11,9% da população está nessa faixa de rendimento.
Conforme o IBGE, existem diferentes níveis de desigualdade econômica no país, pois enquanto o índice era de 0,424 em Santa Catarina, em Roraima atingiu 0,596, uma diferença de 40,6%. Estados das regiões Nordeste e Norte são os com maiores desigualdades, assim como Distrito Federal e Rio de Janeiro.