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Antes dependente do Acre, Estado de Rondônia chega a 40 anos de fundação com economia crescente

Por TIÃO MAIA, PARA O CONTILNET

Dino Acre em Porto Velho, Rondônia. Foto: Arquivo Pessoal

Oficialmente criado através de Lei Complementar Federal nº 41, de 22 de dezembro de 1981, sancionada pelo então presidente João Figueiredo, o vizinho Estado de Rondônia, cuja capital Porto Velho está distante apenas 500 quilômetros do Acre, caminha para se tornar um vetusto senhor com 40 anos de instalação e emancipação política.

Durante o tempo em que foi território, primeiro como nome de Guaporé e depois como Rondônia, a população local sempre necessitou de decisões de órgãos federais instalados no Acre, na capital Rio Branco. A Delegacia Regional do Trabalho, por exemplo, instalada em Rio Branco, atendia o Acre e ao território de Rondônia.

O nome do Estado é uma homenagem ao marechal Cândido Rondon, do Exército brasileiro e que foi um desbravador dos sertões do Brasil na região Norte, sendo responsável direto pela pacificação de povos indígenas com os novos colonizadores da região. Rondon também ajudou a demarcar as fronteiras, tendo registro de sua passagem pelo Acre, na região de Assis Brasil, na fronteira do Brasil com o Peru.

O estado segue crescendo de forma exponencial em sua economia/Foto: Reprodução

A ironia é que o Estado cuja população nativa um dia foi dependente do Acre, hoje é uma das economias que mais se expande na região Norte e está a muitos anos luzes à frente da ainda incipiente economia acreana.

Dono de uma extensão territorial de 237.590,864 quilômetros quadrados e população estimada em quase 2 milhões de habitantes, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia local está em constante processo de desenvolvimento.

Em 2008, por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) estadual já foi de 15 bilhões de reais, correspondendo a 0,6% de toda riqueza gerada no Brasil naquele ano; no âmbito regional, a contribuição foi de 11,2%, sendo a terceira maior, atrás somente do Pará (37,1%) e Amazonas (31,5%). O PIB per capita é de 10.320 reais.

A composição do PIB de Rondônia é a seguinte:

Agropecuária: 20,4%.

Indústria: 14,6%.

Serviços: 65%.

A expansão da fronteira agrícola em Rondônia foi determinante para o desenvolvimento agropecuário. Os fluxos migratórios de agricultores se intensificaram a partir da década de 1970, sobretudo das regiões Sul e Sudeste. As terras férteis são propícias para os cultivos de café, cacau, arroz, feijão, milho, soja, amendoim e mandioca.

Na pecuária, o Estado se destaca por ser grande exportador de carne bovina – principal produto de exportação de Rondônia (60%).

O setor industrial, responsável por 14,6% do PIB estadual, é pouco diversificado. Os principais segmentos são o alimentício, frigorífico e mineração, que é proporcionada em razão das grandes reservas de cassiterita, em especial no garimpo de Bom Futuro, em Ariquemes. Rondônia é o segundo maior produtor nacional desse minério, entretanto, as reservas devem se esgotar em poucas décadas.

O extrativismo vegetal é outra importante fonte de receitas para o estado: a madeira é responsável por 13% das exportações. No entanto, essa atividade desencadeia vários problemas ambientais, visto que a retirada desordenada de árvores agrava o desmatamento na floresta Amazônica.

Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Rondônia é o terceiro estado que mais desmata no país, atrás somente de Mato Grosso e Pará.

O setor de serviços é alavancado pelo comércio. Outra atividade que contribui para esse segmento da economia é o turismo. Apesar de ter seu potencial turístico pouco explorado, Rondônia atrai visitantes que apreciam suas belezas naturais, históricas e culturais. 

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