Um novo balde de água fria foi jogado nas cabeças dos bolsonaristas que têm enfrentado sol e chuva ao relento na frente dos quarteis do Exército de todo o país, incluindo o Acre, pedindo intervenção militar ou nova eleição presidencial alegando fraude nas urnas eletrônicas que elegeram o presidente Luz Inácio Lula da Silva.
Reportagem publicada pelo site Metrópoles, de Brasília, e republicada por ContilNet no Acre, revelam que, enquanto seus seguidores sofrem ao relento contestando a eleição, o ainda presidente Jair Bolsonaro reconheceu o novo governo ao receber, fora da agenda oficial, o futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, ex-presidente do Tribunal de Contas da União e ex-deputado federal, que vai comandar as Forças Armadas.
A divulgação do nome do futuro ministro da Defesa bem à frente dos demais que não foram anunciados pelo presidente mostra uma preocupação de Lula com os movimentos dentro e fora dos quartéis. A indicação de Mucio, que sempre teve bom dialogo nos quartéis das três forças do país – Exército, Marinha e Aeronáutica -, mostra que Lula tem pressa quanto ao apaziguamento relacionados aos protestos dos seguidores do bolsonarismo.
Ao receber o futuro ministro de forma especial, mostra que Jair Bolsonaro já está consciente da derrota e que os quartéis receberam bem o nome de José começou bem. O futuro ministro da Defesa foi aceito sem resmungos e até com certo entusiasmo pelo Alto Comando do Exército, integrado por 16 generais. E também pelo próprio presidente Jair Bolsonaro.
Monteiro Filho procurou Bolsonaro depois de ter sido escolhido por Lula. A conversa durou pouco mais de meia hora, segundo Bolsonaro contou a alguns dos seus auxiliares. Os dois conviveram por mais de duas décadas na Câmara quando ambos eram deputados.
O que deu ensejo a Monteiro Filho para que lembrasse:
“Presidente, o senhor sabe que não sou homem de briga, nunca fui. Gosto de entendimento e já dei provas disso. É assim que me comportarei caso venha a ser ministro da Defesa”, teria dito o ministro cujas declarações foram reproduzias por O Estado de São Paulo.
Os novos comandantes vão ser os oficiais mais antigos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Seus nomes, e mais o de Monteiro Filho, deverão ser anunciados por Lula ao longo desta semana. Caberá aos novos comandantes, uma vez empossados, implantarem providências combinadas por Lula com Monteiro Filho, entre as quais meios de cessar as manifestações na frente dos quartéis do Brasil..
