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Brasil fora da Copa: existe jeito ‘bonito’ ou ‘correto’ de lidar com derrotas?

Por BBC NEWS BRASIL

REUTERS Legenda da foto, Eliminação brasileira foi mais uma para times europeus em fase decisiva de Copa do Mundo

O Brasil foi eliminado da Copa do Mundo de 2022 após perder para a Croácia nas quartas de final nesta sexta-feira (9/12).

No decorrer do jogo, as equipes empataram em 1 a 1 durante a prorrogação, o que fez com que o resultado precisasse ser decidido nos pênaltis.

Para a seleção, o momento pós-derrota foi de choro e lamentações, com abraços entre os jogadores e atletas deitados no chão angustiados pelo resultado.

O técnico Tite, conhecido por motivar sua equipe e ser um bom comunicador, foi criticado por deixar o time sozinho em campo após a derrota e seguir para o vestiário — as críticas se espalharam por redes sociais, mas também partiram de personalidades como o narrador Galvão Bueno.

“Eu sempre elogio as atitudes do Tite, mas essa é de ir para o vestiário e deixar os jogadores em campo não está correto. São todos um time! O Tite não poderia ter se retirado para o vestiário. Me desculpe, Tite”, disse o narrador da Rede Globo.

Foram os adversários croatas que tomaram a iniciativa de consolar os brasileiros.

O treinador se justificou em declaração dada horas depois do jogo, afirmando que desceu ao vestiário por ser “um cara mais reservado”.

A psicanalista e coach Karla Pierri disse à BBC News Brasil que o técnico, assim como o time, sofre com a derrota, mas o ideal é que ele siga próximo, de braços e ouvidos abertos.

“Como técnico, como um homem experiente, um líder, o Tite poderia permanecer em campo, sendo um exemplo. O que se espera de um líder, de um gestor, é que ele esteja firme e possa ajudar o time a lidar com as frustrações”, afirma.

“Por isso é tão difícil ser um bom líder, pois você precisa limitar sua própria frustração para estar disponível e ajudar a equipe. Depois ele pode chorar, tentar extravasar de alguma forma. Estamos falando de equilíbrio, de preparo mental para situações difíceis, de experiência em administrar emoções.”

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