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Covid longa: doença atinge inúmeros acreanos e especialista explica

Por MIRLANY SILVA, PARA O CONTILNET

Foto: Reprodução

A covid longa ou síndrome pós-covid, como também é conhecida, surge três meses após o início da Covid-19, com sintomas que duram dois meses. Em 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou que a covid longa são sintomas novos ou aqueles que persistem após o quadro agudo.

Os sintomas decorrentes dessa condição são: cansaço, fadiga, dificuldade em realizar atividades diárias, tontura, insônia, esquecimento, perda de olfato e paladar. Em outras palavras, a covid longa é uma condição que se apresenta após a fase aguda da covid e se caracteriza por uma série de sintomatologias novas ou recorrentes.

Uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicada em um periódico da Oxford, aponta que 646 pacientes com Covid-19 acompanhados por 14 meses apresentam sequelas que podem durar mais de um ano. A estudante Ingrid Moura, de 22 anos, passou mais de duas semanas sem sentir cheiro e gosto, além de ter queda de cabelo e esquecimento.

“A queda de cabelo me incomodava muito, toda vez que eu penteava o cabelo vinha um monte na escova, comecei a pensar que ia ficar careca. Após o acompanhamento médico, que precisei fazer, percebi melhora na queda de cabelo e em relação ao esquecimento também”, relatou.

A condição foi reconhecida como doença pela OMS em outubro de 2021 e há um tratamento sintomático para ela. Segundo o infectologista Jenilson Leite, uma das questões que mais me mostraram eficácia no tratamento da covid é a vacina.

“Pessoas que têm covid longa, quando tomam as primeiras doses da vacina, esses sintomas começam a diminuir. É importante dizer que, de acordo com o sintoma que a pessoa apresenta – que tem tantos sintomas físicos, somáticos, neurológicos, na esfera psicológica, todos eles têm uma abordagem clínica e cada um é de acordo com as suas especialidades”, diz.

Jenilson também recomenda que pacientes positivados para a doença, sendo ela grave ou leve, procurem um médico o quanto antes, independente da condição sintomatológica, seja na esfera psíquica ou na esfera somática, quanto mais cedo for destituído o tratamento para tirar a pessoa de tal condição, melhor será.

Jenilson Leite é infectologista. Foto: Jardy Lopes/Ascom

“As pessoas que estão mais propensas a ter covid grave, são as pessoas que padecem de algumas doenças crônicas, como: nefropatas, os hipertensos, os diabéticos, pessoas com doença cardiovascular e hematológicas”, explica o médico.

“Tanto as pessoas que apresentam sintomas mais graves ou mais leves podem ter covid longa. É importante dizer que, no quadro severo da doença, a possibilidade de covid longa é maior, visto que há uma invasão maior do vírus no corpo da pessoa, e isso faz com que este vírus tenha um contato maior com mais diferentes órgãos e sistema, daí a maior possibilidade de deixar maiores sequelas”, acrescenta.

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