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Conversa em condomínio levou polícia a suspeito de montar bomba

Por BBC NEWS BRASIL

JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS Legenda da foto, George Washington de Oliveira Sousa, durante audiência de custódia realizada na segunda-feira (26/12), disse que não houve abuso durante sua prisão, no sábado (23/12)

Uma mera conversa de condomínio levou a Polícia Civil do Distrito Federal a chegar ao suspeito de ter montado uma bomba que foi desativada pelas autoridades em uma área próxima ao Aeroporto Internacional de Brasília, segundo documentos obtidos pela BBC News Brasil.

A informação está no inquérito que investiga a participação de George Washington de Oliveira Sousa em uma tentativa de atentado cujo objetivo seria provocar uma intervenção das Forças Armadas e a decretação do estado de sítio às vésperas da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na manhã do sábado (24/12), a Polícia Militar do Distrito Federal recebeu a informação de que um artefato explosivo havia sido encontrado pelo motorista de um caminhão de combustível nas proximidades do aeroporto de Brasília. O dispositivo foi desarmado.

Após ouvirem o depoimento do motorista do caminhão onde a bomba foi encontrada, os policiais concluíram que o dispositivo teria sido colocado dentro do veículo entre 22h de sexta-feira (23/12) e 5h de sábado. Ele disse não saber quem havia deixado o artefato no caminhão.

Os policiais afirmam que o motorista do veículo deu acesso ao conteúdo de seu telefone celular e que, após checarem o aparelho, concluíram que ele não tinha envolvimento com o caso.

Foi neste momento, que, segundo a Polícia Civil, agências de inteligência indicaram que Sousa era um dos suspeitos.

“Em paralelo, informações prestadas por agências de inteligência policiais indicavam que um dos envolvidos com o artefato explosivo seria um indivíduo de cor branca, estatura média, com cerca de 50 anos, oriundo do Estado do Pará”, diz um trecho do relatório.

Na noite de sábado, a Polícia Civil prendeu Sousa no estacionamento do edifício onde ele estava morando havia pouco mais de um mês, na capital federal. Os documentos obtidos pela BBC News Brasil dão mais detalhes sobre como a Polícia Civil chegou ao suspeito.

Leia mais em BBC News Brasil.

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