O governador reeleito do Acre, Gladson Cameli (Progressista), não irá a Brasília para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste domingo (1° de janeiro). Lula tomará posse como o 39º presidente do Brasil desde a Proclamação da República.
O cerimonial que cuida da posse do presidente informou, neste sábado (31), que Cameli será um dos 13 governadores estaduais ausentes à cerimônia de posse, por incompatibilidade de horário nas agendas.
Veja a lista dos governadores que não confirmaram presença na posse de Lula:
- Gladson Cameli (PP), governador do Acre;
- Paulo Dantas (MDB), governador do Alagoas;
- Wilson Lima (União), governador do Amazonas;
- Renato Casagrande (PSB), governador do Espírito Santo;
- Antônio Denarium (PP), governador de Roraima;
- Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo;
- Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais;
- Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás;
- Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul;
- Fábio Mitidieri (PSD), governador de Sergipe;
- Raquel Lyra (PSDB), governadora de Pernambuco;
- Eduardo Riedel (PSDB), governador do Mato Grosso do Sul;
- Mauro Mendes (União), governador do Mato Grosso.
Os governadores Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, aliados de Bolosonaro, não revelaram se vão ou não a Brasília, mas deixaram escapar a ideia de que, se não forem, é porque serão adversários viscerais do novo governo.
Os demais, Marcos Rocha (União), de Rondônia; Wanderlei Barbosa (Republicanos), do Tocantins; e Clécio (Solidariedade), do Amapá; não responderam as indagações da imprensa sobre a ida ou não a Brasília.
Os que não vão participar da posse presidencial, incluindo Gladson Cameli, justificaram a ausência por um conflito de agendas, com as suas próprias posses nos estados.
Ao menos nove governadores, confirmaram que estarão na capital federal para o evento — entre aliados e adversários na campanha. Veja quem são:
- Jerônimo Rodrigues (PT), governador da Bahia;
- Elmano de Freitas (PT), governador do Ceará;
- Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal;
- Carlos Brandão (PSB), governador do Maranhão;
- João Azevedo (PSB), governador da Paraíba;
- Helder Barbalho (MDB), governador do Pará;
- Rafael Fonteles (PT), governador do Piauí;
- Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro;
- Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte;
Izolda Cela (PDT), que deixa o governo do Ceará e assume a secretaria-executiva do Ministério da Educação, também confirmou a presença na cerimônia.
As surpresas serão as presenças de Claudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, que foi um dos primeiros a declarar apoio a Bolsonaro na campanha à reeleição, e Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, também alinhado ao governo que se encerra neste sábado (30).
Entre os ex-presidentes do Brasil, somente Dilma Rousseff tem participação garantida. Em âmbito internacional, ao menos 23 presidentes e vice-presidentes de países adiantaram que virão para o encontro — entre eles, todos os líderes de nações da América do Sul, exceto Nicolás Maduro.
A maior parte dos que garantiram participação na solenidade integram a coligação do governo ou são aliados do presidente eleito desde a campanha eleitoral. Lula tem proximidade com os chefes estaduais eleitos no Nordeste, região da maioria dos confirmados.
Segundo a equipe do presidente eleito, todos os ex-presidentes do Brasil foram convidados. Apenas Dilma Rousseff (PT) é presença confirmada. Michel Temer (MDB) estará em viagem para os Estados Unidos com a família.
Os ex-presidentes Fernando Collor (PTB), José Sarney (MDB) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), embora confirmados, não confirmaram presença em Brasília. FHC está doente e não deve comparecer.
A cerimônia de posse contará com o maior número de autoridades estrangeiras no país desde os Jogos Olímpicos Rio 2016, de acordo com a equipe que corrdena a solenidade. Estão com presença confirmada no evento 65 delegações de chefes e vice-chefes de Estado, de governo e de poder, além de representantes especiais.
Todos os chefes de Estado da América do Sul, exceto Nicolás Maduro, confirmaram que vêm ao Brasil para a solenidade. Outros destaques são o vice-presidente da China, Wang Qishan; o rei da Espanha, Filipe VI; e a primeira-dama do México, Beatriz Gutiérrez Müller.
Com a presença de embaixadores e presidentes, aproximadamente 120 países estarão representados na posse de Lula. Segundo o embaixador Fernando Igreja, responsável pelo cerimonial do evento, encontros bilaterais são solicitados pelas delegações para os dias seguintes à posse.
Veja a lista de chefes de Estado confirmados:
- Rei da Espanha, Filipe VI;
- Presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier;
- Presidente da Angola, João Lourenço;
- Presidente da Argentina, Alberto Fernández;
- Presidente da Bolívia, Luis Arce;
- Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves;
- Presidente do Chile, Gabriel Boric;
- Presidente da Colômbia, Gustavo Petro;
- Presidente do Equador, Guillermo Lasso;
- Presidente da Guiana, Irfaan Ali;
- Presidente de Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló;
- Presidente de Honduras, Xiomara Castro;
- Presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez;
- Presidente do Peru, Dina Boluarte;
- Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa;
- Presidente do Suriname, Chan Santokhi;
- Presidente de Timor Leste, José Ramos-Horta;
- Presidente de Togo; Faure Gnassingbé;
- Presidente do Uruguai; Luis Alberto Lacalle Pou;
- *Representando o presidente do México, virá a primeira-dama, Beatriz Gutiérrez Müller.
- A seguir, vice-presidentes e chefes de Governo:
- Vice-presidente da China, Wang Qishan
- Vice-presidente de Cuba, Salvador Valdés Mesa;
- Vice-presidente de El Salvador, Félix Ulloa, Jr.;
- Vice-presidente do Panamá, José Gabriel Carrizo;
- Primeiro-ministro da República de Guiné, Nuno Gomes Nabiam
- Primeiro-ministro do Mali, Choguel Kokalla Maïga;
- Primeiro-ministro do Marrocos, Aziz Akhannouch;
- Primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves.
A cerimônia começa por volta de 14h (12 horas no Acre), com o tradicional desfile de carro pela Esplanada. Depois, Lula e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), participam de solenidade no Congresso Nacional e partem para o Palácio do Planalto, onde o petista receberá a faixa presidencial.
Além do rito oficial, haverá um festival de música com shows de mais de 20 artistas, feira gastronômica e espaço para crianças. A expectativa dos organizadores é que o evento receba cerca de 300 mil pessoas. O setor hoteleiro e o Aeroporto Internacional de Brasília projetam um aumento na movimentação de visitantes durante o período.
Em Rio Branco, na última sexta-feira, o governador Gladson Cameli disse que, apesar de não comparecer à posse de Lula em Brasília, vai buscar manter a melhor relação possível com o novo governo, principalmente com o novo presidente. “Na primeira oportunidade, vou levar farinha de Cruzeiro do Sul para ele. Ele já me pediu” disse o governador reeleito.