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Gladson está entre governadores que não irão à posse de Lula em Brasília

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Foto: Montagem/ContilNet

O governador reeleito do Acre, Gladson Cameli (Progressista), não irá a Brasília para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste domingo (1° de janeiro). Lula tomará posse como o 39º presidente do Brasil desde a Proclamação da República.

O cerimonial que cuida da posse do presidente informou, neste sábado (31), que Cameli será um dos 13 governadores estaduais ausentes à cerimônia de posse, por incompatibilidade de horário nas agendas.

Veja a lista dos governadores que não confirmaram presença na posse de Lula:

Os governadores Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, aliados de Bolosonaro, não revelaram se vão ou não a Brasília, mas deixaram escapar a ideia de que, se não forem, é porque serão adversários viscerais do novo governo.

Os demais, Marcos Rocha (União), de Rondônia; Wanderlei Barbosa (Republicanos), do Tocantins; e Clécio (Solidariedade), do Amapá; não responderam as indagações da imprensa sobre a ida ou não a Brasília.

Os que não vão participar da posse presidencial, incluindo Gladson Cameli, justificaram a ausência por um conflito de agendas, com as suas próprias posses nos estados.

Ao menos nove governadores, confirmaram que estarão na capital federal para o evento — entre aliados e adversários na campanha. Veja quem são:

Izolda Cela (PDT), que deixa o governo do Ceará e assume a secretaria-executiva do Ministério da Educação, também confirmou a presença na cerimônia.

As surpresas serão as presenças de Claudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, que foi um dos primeiros a declarar apoio a Bolsonaro na campanha à reeleição, e Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, também alinhado ao governo que se encerra neste sábado (30).

Entre os ex-presidentes do Brasil, somente Dilma Rousseff tem participação garantida. Em âmbito internacional, ao menos 23 presidentes e vice-presidentes de países adiantaram que virão para o encontro — entre eles, todos os líderes de nações da América do Sul, exceto Nicolás Maduro.

A maior parte dos que garantiram participação na solenidade integram a coligação do governo ou são aliados do presidente eleito desde a campanha eleitoral. Lula tem proximidade com os chefes estaduais eleitos no Nordeste, região da maioria dos confirmados.

Segundo a equipe do presidente eleito, todos os ex-presidentes do Brasil foram convidados. Apenas Dilma Rousseff (PT) é presença confirmada. Michel Temer (MDB) estará em viagem para os Estados Unidos com a família.

Os ex-presidentes Fernando Collor (PTB), José Sarney (MDB) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), embora confirmados, não confirmaram presença em Brasília. FHC está doente e não deve comparecer.

A cerimônia de posse contará com o maior número de autoridades estrangeiras no país desde os Jogos Olímpicos Rio 2016, de acordo com a equipe que corrdena a solenidade. Estão com presença confirmada no evento 65 delegações de chefes e vice-chefes de Estado, de governo e de poder, além de representantes especiais.

Todos os chefes de Estado da América do Sul, exceto Nicolás Maduro, confirmaram que vêm ao Brasil para a solenidade. Outros destaques são o vice-presidente da China, Wang Qishan; o rei da Espanha, Filipe VI; e a primeira-dama do México, Beatriz Gutiérrez Müller.

Com a presença de embaixadores e presidentes, aproximadamente 120 países estarão representados na posse de Lula. Segundo o embaixador Fernando Igreja, responsável pelo cerimonial do evento, encontros bilaterais são solicitados pelas delegações para os dias seguintes à posse.

Veja a lista de chefes de Estado confirmados:

A cerimônia começa por volta de 14h (12 horas no Acre), com o tradicional desfile de carro pela Esplanada. Depois, Lula e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), participam de solenidade no Congresso Nacional e partem para o Palácio do Planalto, onde o petista receberá a faixa presidencial.

Além do rito oficial, haverá um festival de música com shows de mais de 20 artistas, feira gastronômica e espaço para crianças. A expectativa dos organizadores é que o evento receba cerca de 300 mil pessoas. O setor hoteleiro e o Aeroporto Internacional de Brasília projetam um aumento na movimentação de visitantes durante o período.

Em Rio Branco, na última sexta-feira, o governador Gladson Cameli disse que, apesar de não comparecer à posse de Lula em Brasília, vai buscar manter a melhor relação possível com o novo governo, principalmente com o novo presidente. “Na primeira oportunidade, vou levar farinha de Cruzeiro do Sul para ele. Ele já me pediu” disse o governador reeleito.

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