Cotada para ser ministra do Desenvolvimento Social do novo governo Lula, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) não fala pessoalmente com o presidente eleito há mais de um mês.
Segundo aliados de ambos, a última vez que eles conversaram foi no dia do segundo turno, em 30 de outubro, quando Tebet foi ao hotel onde Lula comemorou a vitória, em São Paulo.
Em novembro, o presidente eleito chegou a receber parlamentares e governadores do MDB na sede da transição, em Brasília. A senadora, porém, não participou da conversa.
A emedebista, no entanto, segue mantendo contato com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), com o qual ela já conversou algumas vezes nas últimas semanas.
Sem climão
Apesar da ausência de conversas, aliados negam “climão” entre Lula e Tebet. A senadora trabalhou normalmente na transição e, inclusive, ajudou a articular a aprovação da PEC da Transição no Senado.
“A hora é de ele [Lula] falar com partidos. E foi o que fez”, afirmou à coluna um interlocutor de Tebet, a qual não compareceu à diplomação do presidente eleito, na segunda-feira (12/12), em Brasília.
Nos bastidores, há resistência do PT em entregar o Ministério do Desenvolvimento Social, pasta responsável pelo programa Bolsa Família, à senadora sul-mato-grossense.
O argumento de lideranças petistas é que seria um erro político entregar uma pasta estratégica a uma possível adversária do PT nas próximas eleições presidenciais, em 2026.