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Marina rebate especulações da mídia nacional sobre disputa por presidência da Câmara

Por MATHEUS MELLO, DO CONTILNET

Divulgação

Nos últimos dias, alguns veículos de comunicação vinham divulgando que o nome da deputada federal eleita por São Paulo, Marina Silva (Rede), estaria cogitado para disputar as eleições para presidir a Câmara dos Deputados. Nesta terça-feira (20), a acreana usou as redes sociais para desmentir os boatos.

“Em nenhum momento eu cogitei me candidatar, bem como o partido não fez qualquer debate comigo ou em suas instâncias sobre tal assunto”, disse.

Atualmente presidida pelo deputado Arthur Lira (Progressistas), as eleições para composição da mesa diretora da Câmara irão acontecer no ano que vem. Segundo informações, o presidente Lula deverá declarar apoio à reeleição de Lira, o que causaria um desentendimento entre os aliados mais extremos do presidente, que preferem um nome que tenha apoiado o presidente nas eleições presidenciais.

Arthur Lira e o presidente eleito. Foto: Ricardo Stuckert

Além de fazer campanha ao lado de Bolsonaro, Arthur Lira teve o apoio do presidente quando se candidatou à presidência da Câmara, em 2021.

A escolha de apoiar Lira na reeleição, foi resultado da troca do apoio recebido na votação  da PEC da Transição, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (20). Além disso, Lira ainda receberia um Ministério no governo Lula.

Uma alternativa viável para a esquerda articular uma derrota de Arthur Lira, seria a candidatura de Marina Silva. Entretanto, a ex-senadora declarou que a escolha do nome que receberá o apoio de Lula, deverá ser decidido e debatido com toda a frente ampla que o elegeu.

Marina e Lula durante campanha em 2022. Foto: Ricardo Stuckert

“É preciso que a base de sustentação do futuro governo Lula-Alckmin busque agir conjuntamente para ajudar a estabelecer um novo patamar de relação entre os Poderes Executivo e Legislativo, baseado em um projeto estratégico de reconstrução do país”, disse Marina.

A deputada disse ainda que a escolha do nome deve ser feita para ajudar a governabilidade de Lula, que enfrentará um Senado Federal e uma Câmara dos Deputados com maioria bolsonarista.

“Defendo a escolha de um nome que contribua com essa nova forma de governabilidade, fundada no caráter de frente ampla, inseparável da vitória de Lula e da democracia que nos trouxe até aqui”, completa.

Com a negativa de Marina à candidatura da presidência do parlamento, aumentam as chances de a ex-senadora retornar ao Ministério do Meio Ambiente, pasta que esteve à frente em quase todo governo Lula, de 2003 a 2008. Além de Marina, aliados de Lula tentam emplacar a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) e até Luciano Bivar, presidente do União Brasil.

Confira o pronunciamento de Marina Silva:

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