A viagem de militantes do PT que vão a Brasília participar da festa de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no próximo dia 1º de janeiro está sendo tratada de forma discreta, quase em segredo. O que antes era motivo de festa com direito a divulgação da quantidade de pessoas e do total de caravanas na viagem, neste terceiro mandato do petista está sendo tratado de forma reservada.
“Não é medo. Quem milita neste campo da esquerda, sabe que essa é uma atividade de risco e o medo faz parte. Estamos agindo com precaução”, disse o presidente regional do PT, Cesário Braga.
No dia 1º de janeiro de 2023, milhares de pessoas se reunirão no centro de Brasília para acompanhar a cerimônia de posse de Lula no terceiro mandato como presidente da República. Mas depois dos atos violentos que eclodiram na capital na última segunda-feira (12), os apoiadores do petista relatam receio de que os episódios de hostilidade se repitam.
A estimativa dos organizadores do evento que a Esplanada dos Ministerios tomada entre 100 mil e 150 mil pessoas. O público pode ser maior do que o da posse de Jair Bolsonaro (PL), em 2019, que contou com 115 mil espectadores. Além da solenidade oficial, a equipe prepara o Festival do Futuro, uma festa com a presença de mais de 20 artistas e dois palcos.
A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) prevê que os estabelecimentos da categoria tenham ocupação de 90% em dezembro. Alguns hotéis da capital federal já estão sem vagas para o dia 1º de janeiro.
A cerimônia de posse do presidente eleito contará com 100% do efetivo da Polícia Militar do Distrito Federal. A corporação determinou que militares da ativa, prestadores de serviço e servidores civis comissionados que atuam no expediente administrativo fiquem mobilizados em 1º de janeiro.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) informou que o plano para garantir posses tranquilas ao novo presidente da República e ao governador reeleito de Brasília Ibaneis Rocha (MDB) está em fase de elaboração.
A segurança do evento é preparada pela Polícia Federal em conjunto com GSI, Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF), Itamaraty e Comando Militar do Planalto (CMP). A SSP-DF participa da coordenação da cerimônia, em parceria com os órgãos federais.