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Na transição de Lula, JV e Marina defendem embargo de fazendas por desmatamento ilegal

Por NANY DAMASCENO, DO CONTILNET

Após a divulgação dos resultados de estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que mostram que em um período de um ano, o desmatamento na Amazônia Legal ultrapassa os 10 mil km², o grupo de trabalho sobre meio ambiente, afirmou que há sinalização de que o Governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comece a embargar remotamente fazendas com desmatamento ilegal.

O grupo integrado pelos acreanos Jorge Viana (PT) e Marina Silva (Rede) quer o mapeamento por meio de imagens de satélite para encontrar essas áreas e, de forma remota, agir para impedir a continuidade do dano ambiental.

Cotada para ser a ministra da pasta a partir de 2023, Marina disse ao site Folha de S.Paulo que o governo Lula tem “muita vontade de cumprir com a meta de desmatamento zero até 2030″.

Marina disse haver suspeitas de que crimes ambientais cresceram após a derrota de Jair Bolsonaro.

“É possível que alguns grupos estejam avançando [no desmatamento], sobretudo no sul da Amazônia, Acre, Rondônia. Faz com que o desmatamento esteja fora do controle”.

Os membros do grupo disseram que o Brasil perdeu o protagonismo na pauta ambiental e o controle do desmatamento, mas segundo Marina, outros países, além de instituições, têm demonstrado interesse em ampliar doações ao Brasil para o combate ao desmatamento.

“O Brasil parou de fazer chantagem, dizer que só protege a floresta se pagarem para isso. É um compromisso ético”.

A fala de Marina foi corroborada pela também ex-ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, que, citando o Acre, onde segundo ela se instalou a “nova fronteira da grilagem”, mostrou claramente que se perdeu o controle sobre o desmatamento”.

O ex-governador do Acre, Jorge Viana, cuja gestão ficou conhecida como Governo da Floresta, também criticou o atual governo federal, afirmando que o grupo de transição tem tido dificuldades aos números reais.

“Não tem transparência. Não tem acesso a números confiáveis, mas felizmente estamos suprindo essa lacuna”.

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