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Nísia Trindade será a 1ª mulher a chefiar o Ministério da Saúde

Por G1

Lula anunciou a atual presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, como ministra da Saúde — Foto: g1

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (22) a atual presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, como ministra da Saúde. Ela já integra a equipe de transição de governo.

Esta é a primeira vez que uma mulher vai assumir o cargo de ministra da Saúde. Nísia vai substituir no cargo o atual ministro Marcelo Queiroga.

A colunista do g1 Natuza Nery informou que petistas próximos de Lula defenderam o nome de Nísia Trindade para o cargo. A médica Ludhmilla Hajjar, que integra a equipe de transição, também era cotada.

Contou a favor de Nísia a atuação desempenhada durante o combate à pandemia de Covid-19, em que esteve à frente da Fiocruz.

Perfil

  • Doutora em Sociologia, mestre em Ciência Política e graduada em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro;
  • Presidente da Fiocruz desde 2017;
  • Foi diretora da Casa de Oswaldo Cruz, unidade da Fiocruz voltada para pesquisa e memória em ciências sociais, história e saúde, entre 1998 e 2005;
  • Participou da elaboração do Museu da Vida, museu de ciência da Fiocruz;
  • Atuou na implementação da Rede SciELO Livros;
  • Foi vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz;
  • É autora de dezenas de artigos, livros e capítulos com reflexões sobre os dilemas da sociedade nacional, sobretudo as cisões entre os “Brasis urbano e rural, moderno e atrasado”.

Lula anunciou a atual presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, como ministra da Saúde — Foto: g1

Gestão da Fiocruz

 

Servidora da Fundação desde 1987, Nísia foi a primeira mulher eleita presidente na história da Fiocruz.

Durante sua gestão como presidente da Fiocruz, Nísia liderou as ações da fundação no enfrentamento da pandemia de Covid-19 no Brasil.

A instituição, dentre outras iniciativas, criou um novo Centro Hospitalar no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro, e aumentou a capacidade nacional de produção de kits de diagnóstico e processamento de resultados de testagens.

Coordenou o acordo de encomenda tecnológica na articulação com o Ministério da Saúde do Brasil, a Universidade de Oxford, a biofarmacêutica AstraZeneca e as unidades de produção locais. Com a conclusão da transferência de tecnologia, a Fiocruz tornou-se a primeira instituição do Brasil a produzir e distribuir uma vacina contra a Covid ao Ministério da Saúde com produção 100% nacional.

Criou, ainda, o Observatório Covid-19, rede que realiza pesquisas e sistematiza dados epidemiológicos e que monitora e divulga informações para subsidiar políticas públicas sobre a circulação do novo coronavírus e seus impactos sociais em diferentes regiões no Brasil.

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