A dama de companhia da falecida rainha Elizabeth 2ª, Lady Susan Hussey, pediu desculpas e renunciou ao seu cargo após perguntar repetidamente a uma mulher negra de onde ela “realmente” era.
A britânica Ngozi Fulani, fundadora de uma ONG de combate à violência doméstica, foi questionada sobre suas origens em um evento de caridade ocorrido no Palácio de Buckingham na terça-feira (29/11).
Fulani disse que ficou “totalmente chocada” com os comentários de Lady Susan Hussey, que também é madrinha do príncipe William (confira no pé desta reportagem o que foi dito por Lady Hussey à Ngozi Fulani).
O palácio descreveu os comentários como “inaceitáveis e profundamente lamentáveis”.
Um porta-voz do príncipe William disse que “o racismo não tem lugar em nossa sociedade”.
“Os comentários foram inaceitáveis e é certo que o indivíduo se afastou com efeito imediato”, afirmou ele.
Susan Katharine Hussey, de 83 anos, era uma confidente próxima da falecida rainha e esteve a seu lado no funeral do marido da monarca, o príncipe Phillip, no ano passado.
Ela foi uma figura chave e gozou de confiança da família real por décadas, e parte de seu último papel envolveu ajudar a organizar eventos no Palácio de Buckingham.
Lady Hussey foi a mais longeva dama de companhia da rainha Elizabeth 2ª e nasceu em uma família nobre, filha de um conde e de uma condessa. Ela é retratada brevemente na quinta temporada da série da Netflix ‘The Crown’.
O cargo de “dama de companhia”, extinto pela atual rainha consorte, Camilla, era normalmente dado a aristocratas ricas e não incluía remuneração.
Como cortesã, Lady Hussey era frequentemente encarregada de ajudar os recém-chegados a se ajustarem aos costumes da Casa Real — incluindo Meghan Markle e a princesa Diana. De acordo com o autor Christopher Wilson, Diana tinha uma “antipatia pessoal” por Lady Hussey.
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