Com dois deputados reeleitos nas eleições deste ano, o Podemos terá uma bancada forte dentro da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Os parlamentares André da Droga Vale e Fagner Calegário, tiveram votação expressiva no pleito e deverão ter papel de destaque.
Além dos parlamentares reeleitos, o Podemos no Acre tem um nome consolidado dentro do Governo do Estado, Ney Amorim, que foi candidato a senador na chapa do governador Gladson Cameli. Embora tenha saído derrotado, Ney deve ser protagonista no segundo mandato de Cameli.
O ex-petista é ainda um dos principais nomes na corrida pela Prefeitura de Rio Branco em 2024.
O Podemos no Acre fez parte da coligação de 9 partidos que ajudou a reeleger Gladson Cameli. Em nível nacional, o partido compôs a chapa da candidatura de Simone Tebet (MDB), no primeiro turno. No segundo, o partido liberou seus filiados para apoiar os candidatos que achassem melhor.
Porém, nesta segunda-feira (26), o jornal Valor Econômico, do Globo, divulgou uma matéria que afirma que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva convidou o Podemos para compor a base governista do PT.
Caso aceite o proposta, o Podemos poderia indicar ainda o nome para assumir o Ministério do Turismo.
O partido terá uma bancada de 12 deputados federais e 6 senadores.
O convite de Lula surpreende a todos, principalmente pelo fato de que o deputado eleito pelo Podemos do Paraná, Deltan Dallagnol foi um dos principais nomes responsáveis pela condenação de Lula na lava-jato. Inclusive, o Podemos chegou a anunciar a pré-candidatura do ex-juiz Sérgio Moro, hoje, senador do Paraná eleito pelo União Brasil, conhecido pela condenação, julgada imparcial pelo STF, do presidente eleito.
No Acre, não se sabe ainda como o Podemos irá reagir caso o partido aceite o convite de Lula. Ao ContilNet, o deputado reeleito, Fagner Calegário, disse que o convite é uma oportunidade de ajudar a população.
“Acredito que o Podemos irá fazer um bom trabalho, caso aceite a proposto do futuro presidente. É uma oportunidade de mostrar o que estivemos fazendo no último ano dentro da política e ajudar nossa população, que é o principal objetivo. O podemos respeita a democracia e acredito que fazer parte da base do governo Lula trará bons frutos para o Brasil”, disse Calegário.
Além do Podemos, Lula já conseguiu que outros partidos de diferentes espectros políticos, venham a compor o novo governo. É o caso de MDB, União Brasil, PSD e Solidariedade.
Especialistas indicam ainda que o Progressistas, partido do governador Gladson Cameli, deva também se aproximar da base governista. Exemplo disso, é o apoio do PT ao presidente da Câmara, Arthur Lira, um dos nomes fortes do partido.