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Quando a nasa veio: veja o artigo emocionante da acreana Beth Passos sobre a vida do Rei Pelé

Por BETH PASSOS, PARA CONTILNET

Pelé. Reprodução

Quando a nasa veio

Não é preciso ter sido contemporânea da carreira de Pelé para saber, sem sombra de dúvida, que ele foi sim o maior de todos. Muito mais que O Rei do Futebol, muito mais que O Atleta do Século. Ele foi um dos gênios da humanidade, sim. Só que no esporte e não nas ciências ou na política. Sou fã dos esportes em geral, pratico uns poucos, assisti documentários sobre ele que me tornaram súdita de sua trajetória de atleta fantástico que se sobrepõe a qualquer juízo de moral.

Os julgadores de plantão com seus armários cheios de esqueletos preferem enaltecer o que não interessa ao mundo.

 

Sobre Pelé, assim publicou a Nasa. “Marcamos a passagem do lendário Pelé, conhecido por todos como rei do “jogo bonito”. Uma imagem de uma galáxia em espiral na constelação do Escultor, tem as cores do Brasil. Descrição da imagem: imagem da galáxia em espiral, pontilhada de braços espirais de estrelas azuis de intensidade variada. O coração da galáxia brilha com estrelas em tons amarelos esverdeados.”

Pelé começou o experimento e sentiu o coração bater em seu peito.

Os ingleses que inventaram o futebol se deram conta de que alguma coisa muito séria estava acontecendo, a carreira que conduz a bola era observada pela sua beleza; na Alemanha uma turma que bebia animada exaltou o drible, não é só talento, é domínio técnico; o francês que subiu para o cabeceio entendeu que um estilo não aparece do nada, é preciso ser para que ele se manifeste expressando a sua inteligência.

Os japoneses arregalaram os olhos e algum chinesinho percebeu o sorriso abraçá-lo, para os americanos que foram às alturas o riso abre o semblante com o objetivo explícito de descontrair, função imediata do humor.

No fundo da floresta um índio vai no encalço da onça, um cachorro se posicionou no alto do morro e parece pensar como um filósofo.

O menino que passava se soltou e saiu correndo, outros que viram acompanharam e logo a criançada estava conversando, trocando figurinha, jogando futebol, fazendo amigos.

O Brasil existe pela sua significação, uma vez que olhamos para o mundo, queremos conquistá-lo para desenvolver o conceito propriamente brasileiro.

É a mistura encontrada na base da comunicação que questiona o entendimento e alcança a compreensão; Pelé disse que a sua vitória vai além das determinações, “o gol tem o único fim de fazer amizade”, são palavras dignas de um rei, alguém capaz de dar à humanidade o acento divino.

O soco no ar exprime a força do artista que chegou ao limite de suas forças para dizer que transformou o futebol em arte, e a partir daí ressignificou a vida de meninos transformando-os em profissionais que negociam suas carreiras. O significado do feito está na profundidade e na extensão do conceito de integração que só entende quem compreende em Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé.

Beth Passos
Jornalista

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