Depois de 38 anos à frente da Federação Acreana de Futebol, o advogado e desportista Antônio Aquino Lopes, o “Toniquin”, enfrenta nas eleições previstas para ocorrer nesta terça-feira (31) uma chapa adversária.
A eleição conta com 13 clubes com direito a voto, os quais totalizam um colégio eleitoral de 35 votos, já que do bloco de eleitores, apenas dois (Assermurb e Sena Madureira) têm direito apenas a um voto.
Enfrentar um cartola como “Toniquinho”, que é bem relacionado com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), da qual é um dos poderosos vice-presidentes e que já ocupou inclusive a titularidade da presidência de forma interina, no ano passado, quando a Seleção Brasileira e os dirigentes da entidade se preparavam para participarem do fracasso campanha da Copa do Mundo do Catar, não é nada fácil, reconhece o candidato a vice-presidente da chapa de oposição, Flávio Silva.
O candidato a presidente é o deputado federal eleito Roberto Duarte (Republicanos) e por isso mesmo a chapa enfrenta uma série de críticas dos aliados de “Toniquinho”, sob a alegação de que a participação de um parlamentar na direção da entidade caso sua chapa seja eleita seria a “politização do esporte” no Acre.
Outros críticos dizem também que, por vir a exercer o mandato de deputado federal em Brasília, Roberto Duarte acabará, em eventual eleição, passando as atribuições da presidência da Federação para Flávio Silva, o seu vice, que também é um político a atuar nos bastidores da atividade.
Sobre o assunto, Flávio Silva defende a si e a chapa de oposição. “Quem diz isso é um hipócrita, porque na vida tudo é política. A cidadania, em qualquer área, só ocorre se houver política. É claro que, se ganharmos, não vamos fazer política partidária dentro da Federação e sim política desportiva, que há muito está faltando no futebol acreano”, afirmou.
“Nesses 38 anos, a cartolagem que protege o nosso adversário nunca permitiu que sequer fosse registrada uma chapa de oposição para concorrer com ele. Nós conseguimos registrar a chapa e estamos prontos para o desafio. Mesmo que não se não tivermos a votação total, registrar uma chapa de oposição nestas eleições, a nosso ver, já foi uma vitória”, acrescentou silva.