O ContilNet teve acesso, com exclusividade, a alguns detalhes do caso do pequeno E.R.S, de apenas 1 ano e três meses, que encontrou uma arma enquanto brincava em sua residência, no Segundo Distrito de Rio Branco, e atirou contra a própria cabeça, pegando apenas de raspão, no último dia 2 de janeiro.
O bebê vive sob os cuidados dos avós, em uma residência localizada na Estrada do Amapá, no loteamento Praia do Amapá.
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Informações apontam que a criança estava em cima da cama e desceu para brincar, quando acabou encontrando uma arma de fogo artesanal, tipo escopeta calibre 28, e de forma acidental, acabou atirando na direção da própria cabeça que acertou de raspão. Após o disparo, os avós da criança viram a vítima caída no chão, ensanguentada.
O casal rapidamente pediu ajuda a vizinhos e levou a criança até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito. De lá, foi transferida para o Pronto-Socorro, onde passou por uma cirurgia para retirada de caroços de chumbo do projétil.
O avô, identificado como Cosmo Manoel Vieira da Silva, 51 anos, voltou para a própria residência e aguardou a chegada da Polícia Militar, que apreendeu a arma de fogo.
Ao ser perguntado como Cosmo tinha conseguido a arma de fogo, o homem disse que no sábado (31), uma pessoa tinha invadido seu terreno à noite e ele conseguiu, de posse de um terçado, fazer o homem fugir e, na fuga, o invasor deixou cair essa arma de fogo, que ele guardou na residência por medo do acusado voltar e ele não ter como se defender.
Cosmo recebeu voz de prisão por porte ilegal de arma e foi liberado após audiência de custódia.
A reportagem do ContilNet confirmou que o avô do bebê trabalha como catador de lixo e não tem outras passagens pela polícia.
Avó estava lenda a bíblia na hora do disparo
Em depoimento, Cosmo disse que estava no quintal da sua residência, e a esposa – avó da criança – lia a bíblia no sofá da sala quando o ocorrido foi registrado.
E.R.S brincava em cima de uma cama que fica no mesmo cômodo da casa em que estava a avó. Em um dado momento, o pequeno desceu e mexeu embaixo do colchão e encontrou a arma – o que o fez dispará-la, em seguida, contra sua própria cabeça.
Cosmo confirmou que a arma seria de uma pessoa que tinha invadido seu terreno à noite. Diz que conseguiu, de posse de um terçado, fazer o homem fugir e, na fuga, pegar a arma de fogo que ele deixou cair – guardando em sua residência por medo do acusado voltar e ele não ter como se defender.
Disparo atingiu lado direito da cabeça do bebê
A Delegacia de Flagrantes (Defla) conseguiu apurar na Unidade de Pronto Atendimento (Upa), onde a criança recebeu os primeiros socorros, que o disparo perfurou o lado direito da face.
Dois projéteis/chumbos ficaram alojados. “Contudo, não houve perfuração do crânio e a criança não corre risco de morte”, foi o que disse o médico plantonista.
Tia da vítima presta depoimento
A enteada de Cosmo e tia do bebê, que dormia na casa no mesmo dia em que o fato ocorreu, também prestou depoimento à polícia.
Ela disse que estava dormindo quando escutou o disparo. Atordoada, levantou e viu o bebê com metade do rosto ensanguentada e nos braços da avó – que gritava de forma insistente. Ela [a depoente] não sabia que a arma estava guardada embaixo do colchão e ficou aflita por não entender a situação, no primeiro momento.
Desesperada, a tia ainda chegou a levar a criança nos braços até um posto de gasolina próximo, mas não viu nenhum carro no local. Eles aguardaram até a chegada da ambulância.
O ContilNet não teve acesso ao depoimento da avó do bebê.