Bolsonaro muda definição, mas continua tentando passar ideia de ser presidente

Denunciado em redes sociais, por se apresentar ainda como presidente da República Federativa do Brasil, mesmo fora do cargo desde que abandonou Brasília, em 29 de dezembro de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro mudou de estratégia mas mantém a divulgação, na cabeça dos mais incautos, de que ainda é o mandatário do país. 

De acordo com o site Yahoo, que noticiou o caso na tarde desta sexta-feira (13), Bolsonaro agora usa suas contas em redes sociais se apresentando como o “38° presidente do Brasil”, sem fazer menção ao fim de seu mandato. 

Jair Bolsonaro demorou para reconhecer a derrota nas urnas e, nas redes, esconde ser ex-presidente do Brasil, diz o noticiário de redes internacionais, como a agência Reuters. Quase duas semanas após a posse de Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL) atualizou suas redes sociais que, até então, o descreviam como o presidente do Brasil. Entretanto, a nova biografia foge do termo ‘ex-presidente’.

Na definição, o antigo mandatário optou por “38º Presidente da República Federativa do Brasil”. A mudança foi feita no Twitter, Instagram, Facebook e TikTok.

Desde que perdeu as eleições, em 30 de outubro do ano passado, Bolsonaro passou a usar bem menos as redes sociais. Enquanto costumava fazer uma média de 16 posts por dia antes do 2º turno, dez dias após a derrota a média caiu para menos de 1 post por dia. Atualmente, as publicações do ex-presidente focam em atos atribuídos a sua gestão. Ele também divulgou: Mensagens condenando os atos terroristas no Distrito Federal e se afastando de qualquer responsabilidade, um vídeo com uma fake news sobre o resultado da eleição – posteriormente apagado – e um texto sobre sua internação em um hospital nos Estados Unidos.

Bolsonaro foi o presidente que mais demorou para reconhecer a derrota em uma eleição. Ele se pronunciou somente no dia 1º de novembro e não cumprimentou o adversário pela vitória nas urnas. Na época, o discurso durou cerca de dois minutos.

Dois dias antes do final de seu mandato, o então presidente fez uma live de despedida dizendo que o “mundo não iria acabar a partir de 1º de janeiro”, em alusão à posse de Lula. “Não tem tudo ou nada. Inteligência. Vamos mostrar que somos diferentes do outro lado”, disse na ocasião.

O ex-mandatário continua nos Estados Unidos, mas sua volta para o Brasil tem sido defendida depois dos atos terroristas de 8 de janeiro que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes.

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