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Caso Rafael: PF diz que viu jovem agonizando em boate no Acre; “Pedi para ficar calmo”

Por MARIA FERNANDA ARIVAL, DO CONTILNET

A defesa de Victor Campelo requereu a substituição de uma testemunha pelo policial federal Alberto Gracioli, que falou sobre a madrugada de 2 de julho de 2016. A oitiva aconteceu via videoconferência, já que a testemunha atualmente mora no Paraná.

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Alberto contou que estava na boate Set Club na madrugada em que Rafael Frota foi atingido com um tiro, mas que não viu o início da briga, apenas ficou sabendo por outros colegas de farda que estavam no local.

A testemunha contou que viu Rafael atingido e pediu que ele se acalmasse até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O policial federal contou também que as pessoas optaram por não levar Rafael ao Pronto-Socorro de Rio Branco devido à gravidade dos ferimentos.

“Eu levantei a blusa do Rafael e vi o ferimento, se não me engano no lado esquerdo. Pela respiração dele, que ele respirava com facilidade e depois com dificuldade, depois com facilidade de novo e com dificuldade, por isso ninguém mexeu nele, preferiu esperar o atendimento especializado”, diz.

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“Só ouvi os disparos”

Sobre os acontecimentos daquela madrugada, a testemunha falou ainda que Victor chegou a Set Club em torno de 15 minutos antes de Alberto. “Eu parei para comprar comida, comprei até um chocolate, e a minha amiga que estava comigo queria fumar, então ficamos do lado de fora. Na hora dos disparos, eu estava pagando a minha entrada. Só ouvi os disparos”, explica.

Após os tiros e o local ter sido esvaziado, Alberto conta que entrou na boate e viu Rafael, então, ergueu a cabeça dele e pediu que ele ficasse calmo. Enquanto isso, Victor era socorrido pelos colegas pela saída de emergência.

“Estávamos bebendo água”

Em outra situação, em um bar da cidade de Rio Branco, Alberto estava com Victor e a testemunha conta que Maceta estava no local com outras duas pessoas.

Maceta passou encarando Victor e uma das pessoas que estava com ele fez menção de sacar a arma, e Alberto conta que abordou a pessoa. Apesar de não saber o nome, Alberto disse que soube que era um ex-policial.

A testemunha contou que na situação em que aconteceu no bar de Rio Branco, nem ele e nem Victor estavam consumindo bebidas alcoólicas. “Estávamos bebendo água. Nenhuma das vezes em que eu saí com Victor ele tomou bebida alcoólica. Desde que eu o conheço, ele não bebe”, disse.

Substituição de testemunha

Antes do início da oitiva de Alberto, a defesa de Victor requereu a substituição de uma testemunha para que Alberto pudesse falar. O magistrado responsável, Alesson Braz, deferiu o requerimento após nenhuma impugnação da parte contrária.

Durante requerimento, a defesa de Victor falou que não há nada no Código Penal que proíba a substituição de testemunhas.

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