Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, a idosa de 67 anos, conhecida como “Fátima Tubarão”, que participou dos atos terroristas do último dia oito em Brasília, com nome de princesa, mas prontuário policial de bandida, foi presa na manhã desta sexta-feira (27). A prisão ocorreu na cidade de Tubarão, no sul de Santa Catarina, onde ela vive.
“Fátima de Tubarão”, como ficou conhecida após suas imagens viralizarem na Internet ao ser flagrada nos atos terroristas de Brasília, foi alvo da terceira fase da Operação Lesa Pátria da Polícia Federal, que investiga os envolvidos na baderna do do dia 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Além dela, outras cinco pessoas já foram detidas e outras seis estão sendo procuradas. Ao todo, a PF já cumpriu 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal.
A mulher foi alvo da operação pois aparece em vídeos feitos por bolsonaristas dentro do Palácio do Planalto dizendo: “Vamos para a guerra, vou pegar o Xandão agora!”, referindo-se ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em outras imagens, Fátima declara: “Estamos quebrando tudo”.
Nas redes sociais, a idosa possui múltiplos perfis nos quais há publicações em apoio a pautas bolsonaristas, como o voto impresso e a paralisação de caminhoneiros após a eleição presidencial, no dia 30 de outubro de 2022. E tem uma vasta ficha criminal.
A ficha criminal da idosa aponta inclusive uma condenação de 3 anos, 10 meses e 20 dias no regime semiaberto por tráfico de drogas. Em 2014, ela foi flagrada por policiais militares varrendo a calçada da sua casa e falando em voz alta: “Vem para cá que não tem ninguém”. Nesse momento, um usuário de entorpecentes se aproxima.
Depois, um adolescente saiu da garagem da residência de Fátima com pedras de crack. No processo, a idosa argumentou que apenas realizava o aluguel de alguns quartos para obter uma renda. Mas os militares afirmaram que ela agia ativamente na ação.
Além disso, em 2012, Fátima foi denunciada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por falsificação de documentos e estelionato. Na época, ela utilizou documentos falsos de uma outra mulher para realizar contratos de linhas telefônicas. O crime veio à tona após a vítima ser cobrada pelos planos de telefonia.