Jornalista que viveu no Acre dá informações sobre vândalo que destruiu relógio no Planalto

Goiano de nascimento e que viveu no Acre por longos 15 anos, o jornalista Cleber Borges Rabelo, atualmente morando em Catalão, distante 260 quilômetros da Capital Goiânia, embora não o conheça pessoalmente, confirmou ao ContilNet que o homem que vandalizou o relógio trazido ao Brasil em 1808 por Dom João VI, é natural de sua cidade. 

“Aqui não se fala em outra coisa”, disse o jornalista, sugerindo que o vândalo, identificado como Antônio Cláudio Alves Ferreira, o “Claudinho’, um mecânico de 30 anos de idade, possa ter se escondido nas diversas fazendas da região, uma das maiores produtoras  de grãos do país. 

“Aqui nãos e fala em outra coisa”, diz Clebver Borges Rabelo/Foto: Reprodução

O vândalo bolsonarista passou a ser procurado desde o  último domingo (15), quando o programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, exibiu imagens exclusivas do ataque às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. Entre as cenas que provocaram indignação, uma se destacou: o flagrante do golpista atirando ao chão o relógio trazido ao Brasil em 1808, por Dom João VI. O criminoso foi identificado e o Fantástico foi a Catalão, em Goiás, para mostrar quem é esse vândalo.

Antônio Cláudio Alves Ferreira morava na cidade pelo menos até a data em que teve seu rosto exibido para todo o país, na semana passada. O Fantástico localizou em Catalão um parente dele. Esse parente, que não quis gravar entrevista, afirmou que identificou Antônio Cláudio Alves Ferreira quando viu a cena do ataque ao relógio.

As investigações sobre a invasão e o vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro são atribuição da Polícia Federal. Mas a Polícia Civil de Goiás diz que chegou a levantar informações sobre Antônio Cláudio a partir de denúncias anônimas recebidas dois dias depois da exibição da reportagem do Fantástico.

Identificado vândalo que destruiu relógio histórico no Palácio do Planalto - Jornal Info Rondônia

“A Polícia Civil de Catalão recebeu duas ligações na terça-feira pela manhã, de maneira anônima, nas quais duas pessoas diziam que sabiam quem era o indivíduo que havia danificado aquele objeto nas manifestações em Brasília. A polícia civil realizou uma checagem nos nossos sistemas internos, conferimos a existência desse indivíduo com o nome completo, com todos os seus dados e registros”, explicou o delegado Jean Carlos Arruda.

Antônio Cláudio Alves Ferreira tem passagens pela polícia, mas os processos foram arquivados. Para identificar os golpistas, a Polícia Federal está usando programas de computador a partir das imagens das câmeras de segurança do Congresso Nacional, do STF – Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto, e também imagens postadas nas redes sociais pelos próprios bolsonaristas extremistas.

“Em um primeiro momento nós estamos fazendo a comparação da imagem que foi captada durante as manifestações com imagens das pessoas que nós temos em bancos de dados. A partir desses softwares que fazem o cruzamento, a gente faz um complemento para identificar corretamente as pessoas”, afirma Ricardo Saadi, diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção  da Polícia Federal, segundo o Fantástico. Segundo a Polícia Federal, o homem que atacou o quadro de Di Cavalcanti no Palácio do Planalto também foi identificado.

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