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Mãe de jovem morto em boate no Acre diz que policiais protegem PF que atirou no filho

Por MARIA FERNANDA ARIVAL, DO CONTILNET

Alcineide Frota, mãe do jovem Rafael Frota/Foto: ContilNet

Antes do início das oitivas das testemunhas no segundo dia de julgamento do policial federal Victor Campelo, acusado de matar o estudante Rafael Frota em julho de 2016, dentro de uma boate em Rio Branco, a mãe da vítima, Alcineide Frota, disse ao ContilNet que acredita que o segundo dia seja igual ao primeiro, que aconteceu na última terça-feira (24).

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“Eu acho que vai ser igual ontem, que o Victor virou o anjinho da guarda. Ninguém fala mal dele, ele sempre fez a coisa certa, mas a verdade é que ele tirou a vida do meu filho irresponsavelmente”, diz.

À esquerda, o PF acusado de atirar; e, à direita, o jovem Rafael Frota/Foto: Reprodução

Alcineide falou ainda que acredita que tudo foi montado. “Eu admiro o Ministério Público ter adotado o caso, só que é muito recurso da polícia inteira. Eles protegem demais, eles se protegem muito. É um corporativismo que dá nojo, porque eles não querem saber da vida da outra pessoa, quem eles estão machucando. Eles querem saber se protegem o amigo deles. Todos os policiais que vieram aqui, eles só falaram bem do Victor. Tem gente que nunca nem viu o Victor na vida e estava falando que era um bom mocinho”, disse.

Com relação à testemunha que não compareceu no primeiro dia de julgamento, Miller Arthur, Alcineide acredita que seria usado apenas para “encher linguiça”.

“O que um processo tem a ver com o outro? A Polícia Federal ontem mesmo comentou, eu ouvi e todos ouviram que o delegado que estava depondo, abriu um processo interno por conta da arma. Por que tem que falar aqui? O que tem a ver esse processo aqui com o caso dessa arma? Pra que isso?”, questiona a mãe de Rafael.

Entenda o caso

Na madrugada de 2 de julho de 2016, durante uma confusão em uma casa noturna em Rio Branco, o policial federal Victor Campelo foi acusado de ter disparado com arma de fogo dentro da boate, um desses tiros atingiu o estudante Rafael Frota, que chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu na sala de cirurgia do Pronto-Socorro de Rio Branco.

Além de Rafael, os tiros também atingiu um homem e a própria perna do policial federal, que ficou internado no Pronto-Socorro devido aos ferimentos.

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