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Mãe ficou “horrorizada” ao ver dança em túmulo da filha, diz delegado

Por METRÓPOLES

A mãe de uma bebê de dois meses, enterrada em outubro de 2022, chegou aterrorizada à delegacia do município de Barro Alto, em Goiás, ao descobrir que uma dupla de Goianésia (GO) violou o túmulo da filha nessa segunda-feira (23/1).

“A mãe estava horrorizada quando foi fazer a denúncia, mas não sabia que eles já estavam presos. Ela disse ‘faz tão pouco tempo que enterrei minha menina, ainda não consegui superar essa dor. E isso me acontece’”, contou o delegado Marco Antônio Maia, responsável pelo caso.

Nessa segunda, os dois suspeitos foram presos na cidade após publicar vídeos no Instagram enquanto dançavam funks com letras obscenas e sexualizadas em cima da sepultura cor-de-rosa da criança.

“A sepultura da menina era toda bem feita, rosinha, a mais bonita do cemitério. Dava para ver o cuidado da mãe ali. Provavelmente por isso os dois tenham escolhido fazer as filmagens em cima dela”, disse o delegado.

O vídeo

No vídeo publicado nas redes sociais dos próprios suspeitos, os dois aparecem caminhando em um cemitério. Em determinado momento, um deles fala: “A minha amiga pediu para prestar uma última homenagem a ela, e aqui está”. Em seguida, um homem aparece dançando um funk da cantora Mc Pipokinha em cima do túmulo cor-de-rosa da bebê.

Além dos registros publicados, outras pessoas procuraram a delegacia para reclamar do barulho no cemitério. Uma das denúncias veio de uma mulher que presenciou a cena em cima da sepultura, enquanto tentava fazer o velório de uma tia. Ela relatou à investigação que o alto volume da caixa de som dos amigos atrapalhou a cerimônia.

“O caso tomou grande proporções na cidade, os moradores ficaram indignados. Começamos a receber denúncias de várias pessoas que prestavam o velório de familiares e conhecidos, mas foram atrapalhados pelo barulho de funk no local. Estamos recolhendo essas denúncias, mas tudo indica que a dupla poderá responder pelo crime de pertubação de funeral”, informou o delegado Marco Antônio Maia, responsável pelas investigações.

Os dois suspeitos podem receber pena entre 1 e 3 anos de prisão pelo crime de violação de sepultura, mas pagaram fiança e respondem em liberdade.

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