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Mães de crianças autistas fecham Terminal Urbano em protesto

Por REBECA MARTINS, PARA O CONTILNET

Familiares de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) fecharam a passagem de ônibus no Terminal Urbano. Foto: Agatha Lima/Rede Amazônica

Nesta segunda-feira (9), as famílias de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) se reúnem em manifestação em frente ao Terminal Urbano. O pedido é para que haja mais profissionais especializados, mediadores e terapias para esse público.
Em entrevista exclusiva concedida ao ContilNet, a presidente da Associação de Autistas no Acre, Heloneida da Gama Pereira, diz que atualmente a rede pública de atendimento não oferece suporte completo para as pessoas dentro do espectro autista, ela ressalta que o Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac) assim como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps), não podem ofertar o tratamento especializado.

Foto: Cedida

Esse suporte é ainda menor para autistas adultos, “o autista precisa de acompanhamento e existem níveis de suporte diferenciados, inclusive, muitos que são diagnosticados na vida adulta, não têm recursos para pagar um atendimento privado”, diz Heloneida.
Então além da busca por melhores condições nas escolas que os manifestantes estão reivindicando com o fechamento do Terminal, o problema se estende para mais. “Eles não podem depender só de remédio, também precisam de uma terapia de qualidade. Queremos um médico neurologista ou psiquiatra especializado, e também terapia para adultos”, diz a presidente da Associação. “O estado precisa acordar para ajudar as famílias nessas demandas”, finaliza.

Foto: Cedida

A Secretária Estadual de Saúde (Sesacre) informou que vai enviar um representante para conversar com os manifestantes e marcar uma reunião com o secretário Pedro Pascoal. A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) emitiu um nota oficial sobre a situação.

Nota oficial da Prefeitura de Rio Branco

A prefeitura de Rio Branco, por meio da secretaria municipal de saúde- SEMSA, informou que já aguarda o resultado de análise de solo na região onde hoje é localizado o Mundo Azul, no Conjunto Tangará, para dar início a reforma e ampliação do centro, tendo em vista, hoje a demanda de atendimento está acima da capacidade prevista. Ou seja, o Mundo Azul está hoje com 148 crianças sendo atendidas, sendo que a capacidade é para somente 80.

Vale ressaltar que quando o prefeito Tião Bocalom assumiu a gestão em 2021, o Mundo Azul atendia somente 28 crianças e hoje atende 148, graças a contratação de mais profissionais, como fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas e profissional de educação física, Esperamos que com a reforma e ampliação do espaço atual do Mundo Azul, essa oferta de atendimento deve ser aumentada em mais ou menos 40 crianças. A atual gestão também vem estudando a aquisição de um terreno para construção de um novo espaço atender a oferta de atendimento para pessoas com Transtorno Espectro do Autismo.

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