Faleceu nesta segunda-feira (30) o indigenista acreano Luiz Carvalho, aos 75 anos, vítima de câncer. Natural de Rio Branco, ao lado do antropólogo Terry Vale de Aquino e de outros militantes da causa indígena, como as irmãs Dedé e Concita Maia, Carvalho foi um dos pioneiros na criação da CPI (Comissão Pró-indígena).
Foi um dos primeiros indigenistas genuinamente acreanos a divulgar a existência dos povos originários em território acreano, o que era negado na época, meados dos anos de 1980, pelos governos e outras instâncias de poder local e nacional.
Luiz Carvalho também enveredou pelo jornalismo como repórter da extinta Gazeta do Acre, ainda situada na Travessa Guaporé, no bairro Cerâmica, trabalhando ao lado do editor Ramayana Vaz Vargens. Discreto, quase não falava de sua vida pessoal. Fora casado com uma também indigenista e morreu no interior de São Paulo.
Na juventude, Luiz Carvalho jogou futebol em alguns clubes da cidade e era reconhecido pela habilidade com a bola. No entanto, ao invés de profissionalizar-se como atleta, preferiu passar a militar no combate à ditadura militar, mesmo já em seu final, e envolveu-se nas lutas de pautas democráticas, como a defesa dos povos indígenas.
Familiares não informaram onde será o velório nem o cemitério para sepultamento.