Mulher encontra jararaca em cima do botijão de gás; entenda os riscos da espécie

Uma moradora de Rolim de Moura (RO) encontrou uma cobra em cima do botijão de gás em sua casa, nesta semana. Após o susto, a dona da casa acionou o Corpo de Bombeiros e a serpente foi devolvida ao seu habitat natural.

Segundo os militares que foram até o local, foi constatado que a cobra é uma jararaca de aproximadamente um metro de comprimento.

Nesta época do ano Rondônia passa pelo período conhecido como “inverno amazônico”, quando aumentam as chuvas na região. Segundo o Corpo de Bombeiros, durante esse período, os riscos da presença de animais peçonhentos aumentam, principalmente em áreas com mata próxima ou regiões com igarapés e córregos.

É preciso ficar atento para evitar acidentes com animais peçonhentos. Confira dicas:

  • Mantenha o seu quintal limpo de entulhos e de vegetação alta;
  • Sempre que se deparar com um animal evite o contato, já que não dá para ter certeza se ele é venenoso ou não;
  • Caso encontre um animal peçonhento entre em contato com o Corpo de Bombeiros pelo número 193.
  • Em caso de acidente, é necessário procurar ajuda médica o mais rápido possível. Caso possua foto ou descrição do animal, isso facilita a identificação e consequentemente o melhor tratamento.

Os perigos da jararaca

Mulher encontra jararaca em cima de botijão de gás em Rondônia — Foto: Corpo de Bombeiro

Mulher encontra jararaca em cima de botijão de gás em Rondônia — Foto: Corpo de Bombeiro

De acordo com biólogo Gabriel Sousa Ferreira, além dos encontros com serpentes, esse período do ano é propício para “a chegada” de outros tipos de animais peçonhentos, como escorpião e aranha.

O profissional acrescenta que a espécie jararaca é venenosa e extremamente agressiva. “Ela está escondida em algum local, se você passar por ela mesmo que despercebido, ela vai te atacar”, explicou, sobre o comportamento da espécie.

O biólogo separa os efeitos do envenenamento de duas formas:

  • Tóxico, quando a picada pode levar a perda do tecido, deficiência física por perda da mobilidade e até amputação;
  • Sistêmico, que pode resultar em hemorragia, coagulopatia e falha aguda nos rins.

Segundo Gabriel, um dos maiores riscos, é que a pessoa que sofre o acidente “pode sangrar até morrer”.

Casos recorrentes

Na mesma cidade, em Rolim de Moura (RO), na semana passada outra serpente foi encontrada na casa de uma moradora da região.

De acordo com o Governo do Estado, no ano de 2022, foram registrados 1.148 casos envolvendo animais peçonhentos em Rondônia. Em relação a acidentes notificados no estado, 501 envolveram serpentes, enquanto 288 casos foram de escorpiões e 158 aranhas.

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