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Navio-fantasma a ser afundado em águas brasileiras pela Marinha vira pesadelo de Marina

Por Tião Maia, ContilNet

A saga do porta-aviões São Paulo, que está a deriva há vários meses e que deve ser afundado pela Marinha do Brasil em águas brasileiras do Oceano Atlântico, sobrou para a acreana Marina Silva. Como ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do governo brasileiro, ela vem sendo acusada por ambientalistas e oceanógrafos de todo mundo de se omitir em relação ao possível afundamento, que causaria prejuízos ambientais ao Oceano.

Aliados de Marina no Acre disseram ao ContilNet que a ministra está preocupada com o caso e que já chegou a procurar o ministro José Múcio, da Defesa, para expor preocupação, mas ouviu como resposta que a decisão sobre o assunto cabe exclusivamente à Marinha.

A gravidade do caso se acentua porque, após a troca de comando do Exército, por ordem do presidente Luiz Inácio Lula, que demitiu o general Júlio César de Arruda, apontado de leniência em relação aos acampamentos de bolsoanristas na frente dos quarteis do país, que culminaram com os atos terroristas de 8 de janeiro. Arruda foi substituído pelo general Tomás Paiva, apontado como um legalista e democrata, que não reconduziu ao comando de uma força especial em Goiânia o coronel Mauro César Barbosa Cida, ajudante-de-ordens do então presidente Jair Bolsonaro e apontado com irregularidades com gastos com o cartão coorporativo da presidência da República. A não-condução do coronel para o posto para o qual ele já havia sido nomeado por Bolsonaro antes de deixar o cargo, causou tensão entre os militares e o Governo de Lula, razão pela qual José Múcio não quer que a questão do navio-fantasma vire uma nova crise entre o governo e as Forças Armadas, agora com a Marinha e o navio deve ser afundado mesmo que isso cause estragos ao meio ambiente no Atlântico.

De acordo com informações de ambientalistas, a situação do porta-aviões é crítica, faltando apenas 700 litros de água para sua completa inundação e sua navegação não será mais possível. A saga do porta-aviões São Paulo é a maior tragédia do gênero do Brasil.

A embarcação tem 266 metros de comprimento e 32,8 mil toneladas e está à deriva no mar há quatro meses desde que foi barrado de entrar na Turquia por questões ambientais. Na semana passada, a Marinha do Brasil informou que assumiu o controle da embarcação, e agora, mesmo sob protestos da ministra Marina Silva, pretende afundar o casco do porta-aviões no mar brasileiro, de acordo com a Folha de São Paulo.

A técnica utilizada seria o afundamento controlado, realizado por uma série de explosões para abrir rasgos no casco, o que faria as águas brasileiras receberem uma enorme quantidade de amianto, uma fibra natural que apesar das várias aplicações industriais é bastante prejudicial à saúde humana, e teve seu uso banido em diversos países.

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