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O dia em que Brasília foi sitiada por bolsonaristas que querem implantar ditadura militar

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

A capital da República foi sitiada na tarde deste domingo (8) por bolsonaristas em atos de protestos contra o governo petista. Abandonados pelo líder da direita radical, o ex-presidente Jair Bolsonaro, os terroristas se vingaram agredindo pessoas, inclusive jornalistas, e quebrando bens e imóveis do prédio do Supremo Tribunal Federtal (STF), do Congresso Nacional e do Palácio do Planato.

Agencias de notícias, inclusive internacionais, informaram que as forças de segurança do Distrito Federal nada fizeram para impedir os atos de vandalismo. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que exonerou o secretário de Segurança Pública de seu Governo, Anderson Torres, que é ex-ministro da Justiça do Governo Bolsonaro e é suspeito de omissão em relação aos atos antidemocráticos.

Os manifestantes, radicais de direita que não aceitaram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, após mais de dois meses na frente dos quarteis de todo o país, inclusive do Acre, nos últimos três dias marcharam sobre Brasília. Eles querem a derrubada do Governo e a volta de uma ditadura militar com o fechamento do Congresso Nacional e do STf. Nos últimos três dias, vários ônibus de várias regiões do país chegaram a Brasília com manifestantes para os protestos de hoje. Aos gritos de “faxina geral” e ao som do Hino Nacional, bolsonaristas ocuparam a Esplanada dos Ministérios. Por volta das 14h40, extremistas invadiram o Congresso Nacional sob uma chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e entraram no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.

Apesar da tentativa de conter os manifestantes, policiais militares não conseguiram impedir as invasões. Vidraças, cadeiras e mesas dos dois prédios públicos foram quebradas. Funcionários do Congresso Nacional que estavam de plantão foram ameaçados.

O último alvo dos manifestantes extremistas foi o Supremo Tribunal Federal (STF). O prédio do órgão do Judiciário foi invadido por volta das 15h45. “Deus está do nosso lado e vai jogar todo o gás pra eles de volta”, disse um dos manifestantes enquanto tentava invadir a Corte. “A polícia está com nós. A PM liberou para gente ficar aqui”, afirmou um bolsonarista.

Pouco antes, os manifestantes antidemocráticos adentraram no Congresso Nacional e do Palácio do Planalto à força. Dentro do órgão, manifestante depredaram patrimônios públicos.

Para invadir os prédios do Legislativo, Executivo e Judiciário, os manifestantes partiram para cima dos agentes da PM que faziam o isolamento dos prédios públicos.

O maior grupo de terroristas partiu do quartel-general do Exército, em Brasília, rumo à Esplanada dos Ministérios por volta das 13h30. Alguns dos bolsonaristas foram à região central da capital da República com pedaços de pau na mão.

“Vamos Brasília, derrubar o Congresso”, inflamou um dos “patriotas”. Já na altura do Estádio Nacional Mané Garrincha, um caminhão com água ofereceu a substância aos bolsonaristas, que recusaram por acusarem o vendedor de “petista”. “Não compre água dele, ele é petista”, gritou um manifestante.

O ministro da Justiça, Flavio Dino, disse que os golpistas não irão impor sua vontade à força e a Polícia Federal já investiga quem são os líderes do movimento. Prisões devem ocorrer ainda esta tarde.

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