OPINIÃO EDITORIAL: A liberdade que queremos não reside nos escombros da violência

Quando o diálogo e a paz são pisoteados pelo apagamento das diferenças e dos processos que (re)organizam a sociedade desde que a Constituição se tornou nossa bússola, o que há de mais humano nessa nação atrofia.

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Os últimos atos terroristas ocorridos no Distrito Federal – com depredação dos órgãos que fazem parte do Estado Democrático de Direito – e em outras unidades do Brasil, marcam um retrocesso sem precedentes, que ameaça violentamente o que ainda temos de preservado nesse país.

Quando o diálogo e a paz são pisoteados pelo apagamento das diferenças e dos processos que (re)organizam a sociedade desde que a Constituição se tornou nossa bússola, o que há de mais humano nessa nação atrofia. A cidadania vai perdendo o lugar para o totalitarismo e a barbárie.

Concordamos que as autoridades do Brasil devem ser enérgicas contra todo ataque à democracia e apliquem a lei conforme seu rigor. Defendemos que a imprensa tenha liberdade para fazer o seu papel, mantendo informada a população e que a sociedade civil pratique a cidadania, respeitando os direitos, seguindo os deveres, na certeza de que um futuro melhor depende de uma construção coletiva e não individual.

A liberdade que queremos não reside nos escombros da violência.

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