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Quatro dias após ficar noiva, executiva morre ao usar colher errada

Por UOL

Imagem: Reprodução/Facebook

Uma mulher morreu depois de usar uma colher com resquícios de leite para mexer um chá, pouco depois de ser pedida em casamento pelo namorado, com quem viajava pela África do Sul. Jess foi vítima de uma crise alérgica aguda, causada por sua intolerância à proteína do leite.

Ela e o então namorado, Craig, ficaram noivos no dia 27 de dezembro, em um ponto turístico conhecido da cidade de Mpumalanga. Depois de aproveitar um momento a sós, os dois viajaram para Joanesburgo, onde a mãe da jovem morava — e uma visita à casa da mulher, no dia 30, terminou no acidente que causou a morte de Jess em 31 de dezembro, depois de um dia internada.

“Muitos familiares dela vivem na África do Sul e ela não os visitava há seis anos, então eu sabia que não tinha lugar melhor para fazer a proposta. Eu gaguejei ao ficar de joelhos para perguntar ‘você quer se casar comigo?’. Mas ela começou a chorar antes mesmo de dizer sim”, lembrou Craig McKinnon, o noivo de Jess Prinsloo, ao tabloide britânico Mirror.

Depois de comemorações com “muito champanhe e alegrias”, os dois foram visitar a mãe da noiva, aproveitando para tomar um chá. Jess, que trabalhava como executiva de marketing, carregava antialérgicos para caso consumisse leite por engano, mas os remédios não foram suficiente para evitar o choque anafilático.

“Quando ela morreu, uma parte de mim morreu também, mas não há quem eu possa culpar pela morte dela”, afirmou o companheiro da jovem.

Apesar de a britânica ter morrido no final de 2022, Craig voltou para o Reino Unido apenas ontem, levando as cinzas da noiva de volta para casa. Os dois se conheceram na universidade em que estudavam em 2019 e decidiram morar juntos durante o isolamento da covid-19, em 2021.

Ao comentar a falta de efeito dos anti-alérgicos usados por Jess, o rapaz diz acreditar que os anos de repetidas crises da jovem tiveram um “efeito cumulativo” em seu corpo. Ela foi diagnosticada com alergia à proteína dos laticínios aos nove meses de vida e já tinha contado para o noivo que chegou a ser ressuscitada após ingerir leite usado em um prato indiano, aos 18 anos.

“Em uma outra ocasião, ela pediu uma sobremesa vegana que não deveria ter laticínios e ainda assim precisou ser medicada, além de ir ao hospital. Eu parei de consumir há três anos, porque não valia o risco”, afirmou o britânico, que agora deseja educar outras pessoas sobre os riscos das alergias. “É algo que as pessoas não podem controlar e que pode matá-las. Eu quero apenas que as pessoas escutem e entendam o quão perigoso é.”

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