A acreana e atual ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, está representado o presidente Lula (PT) em Davos, na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial.
Nesta segunda-feira (16), ela falou sobre respostas técnicas para reduzir drasticamente o desmatamento.
“Nós já temos a maioria das respostas técnicas para combater as mudanças climáticas e os desafios sociais, como o desmatamento. Precisamos de vontade política e ética para usar essa tecnologia”, pontuou.
Marina pontuou ainda que Lula tem uma política transversal para tratar do assunto.
“Ele transformou a política climática em uma coisa transversal, e não setorial. Nós não conseguiremos lidar com o problema do clima e do meio ambiente se não tivermos uma ação transversal, tanto a nível do governo quanto a nível de sociedade, em nível ético, politico, econômico, e até estético”, continuou.
Liderar pelo exemplo
“Agora, eu já disse de novo: vamos liderar pelo exemplo. Nós podemos falar muitas coisas legais, mas se a gente não reduzir o desmatamento, a gente apenas falou”.
“Na época, muita gente não entendeu”, recordou. “E eu disse: quero ser constrangida, porque eu quero que o mundo todo saiba onde está acontecendo o desmatamento. E nós precisamos de constrangimento ético. Nós somos os maiores produtores de grãos, e o presidente Lula tem dito: nós vamos matar a fome dos brasileiros também”.
Bolsonaro
“Nós tivemos um governo nos últimos quatro anos que negou a ciência. Nós tivemos uma pandemia que matou mais de 700 mil pessoas, porque o governo negou a ciência”.
“Mas não há uma única ciência. Os indígenas têm uma ciência milenar, que não é baseada em estar certo ou errado, como a ciência moderna, mas é ciência. Indígenas vivem em 80% do território da floresta e eles cuidam, preservam, isso é ciência. Entendem os sinais da natureza e sabem o que fazer. Quando somamos essas duas formas de ciência, podemos aprender muito”, finalizou Marina.