Na primeira manifestação após as acusações da vereadora Eliane Abreu (PP), do Bujari, o vereador Gilvan José (PCdoB) negou ter agredido ou ameaçado a colega. Em declarações exclusivas ao Contilnet, ele disse que o que houve na sessão da Câmara Municipal na última sexta-feira (27) foi apenas uma discussão.
O vereador também esteve na Delegacia Geral de Polícia Civil no Bujari para registrar uma queixa crime contra a vereadora, acusando-a de injúria, difamação e calúnia. Gilvan José não fez referências às acusações de que esta não foi a primeira vez que ele agiu com agressividade contra Eliane Abreu e que também teria agredido a assessora jurídica da Câmara Municipal.
Também não falou sobre as acusações de que, antes do tumulto na sessão, estava num bar ingerindo bebida alcoólica com amigos.
Gilvan José disse não ter respondido as acusações antes porque estava atuando na zona rural do município, onde não havia sinal de Internet ou de telefonia. Embora a vereadora tenha dito que há testemunhos das agressões, no caso outros vereadores, Gilvan negou as ameaças ou tentativas de agressões.
O vereador acusado diz que Eliane Abreu ficou irritada por defender interesses particulares em vantagens salariais, já que ela é funcionária pública municipal. Gilvan também insinuou que a vereadora exerce cargo na Seap ( Secretaria de Pecuária e Produção) e não trabalha.
O PCdoB acompanha o inquérito policial instaurado para apurar o caso e, se as acusações forem provadas, ele deverá ser expulso da sigla, disse o presidente do comitê regional, o médico Eduardo Farias. Eliane Abreu disse em Rio Branco que não tem mais condições emocionais ou psicológicas para frequentar as sessões ao lado do vereador e está pedindo seu afastamento ou casaco do mandato.
Ela diz ainda que não vai recuar em relação às denúncias e que o vereador está tentando inventar uma narrativa para se isentar da culpa.