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Vereadora agredida no Acre pede medida protetiva contra colega: ‘É sobre todas as mulheres’

Por Matheus Mello, ContilNet

A vereadora Eliane Abreu e o vereador Gilvan de Souza (PCdoB)/Foto: Reprodução

A vereadora Eliane Abreu (PP) foi ameaçada e agredida verbalmente pelo colega de parlamento José Gilvan (PcdoB), durante uma sessão extraordinária da Câmara Municipal de Bujari, na última sexta-feira (27). O caso foi tornado público, inicialmente, pelo ContilNet.

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A parlamentar resolveu entrar com uma notícia-crime contra o vereador nesta segunda-feira (30), na delegacia do município. Segundo Eliane, Gilvan teria ameaçado ela de agressão, quando disse que iria “quebrar ela na porrada”.

Falando publicamente pela primeira vez sobre o caso, a vereadora gravou um vídeo na delegacia para explicar sobre as atitudes que serão tomadas em relação às declarações de Gilvan.

“Fizemos um boletim, pedi medida protetiva, e vamos aguardar o que a justiça vai fazer nesse caso. Eu sempre tenho dito que esse assunto não é sobre mim, é sobre nós, todas as mulheres que passam por essa violência política, violência doméstica. É preciso que a gente fale sobre isso, o debate é muito maior do que a gente imagina”, disse.

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Eliane disse ainda que essa não foi a primeira vez que o colega havia sido agressivo. “Não vou me calar diante das agressões que eu venho sofrido durante quase esses dois anos. É a segunda vez que eu sou agredida dentro da minha casa, que é a Câmara, onde eu deveria ser protegida”.

A parlamentar estava acompanhada por representantes do Conselho Estadual de Mulheres e da Secretaria Estadual Adjunta da Mulher.

A vereadora esteve acompanhada da presidente do Conselho das Mulheres, Geovana Castelo e Joelda Paes, representando a secretária-adjunta da Mulher, Márdhia El-Shawwa. Foto: Reprodução

O delegado responsável pelo caso, Bruno Coelho, da delegacia de Bujari, disse um inquérito policial já foi instaurado e as investigações foram iniciadas.

“Colhemos alguns depoimentos, afim de averiguar se as possíveis ameaças foram em decorrência do gênero da vítima, por ser mulher”, disse.

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Bruno lembra ainda que não é a primeira vez que é registrada uma notícia-crime contra o vereador pelo mesmo motivo. “Nós iremos aprofundar as investigações, em razão da gravidade dos fatos. Todas as vítimas mulheres que registram ocorrências na delegacia, ela sempre tem prioridade, justamente pela vulnerabilidade dessas vítimas”.

O delegado informou que após as investigações serem concluídas nos próximos dias, o caso será levado ao Poder Judiciário.

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