O acreano Marco Antônio da Silva Coelho, de 32 anos, é mais um que entra na estatística de pessoas que estão em situação de rua em Rio Branco. Há pouco tempo, Marco Antônio escolheu a Estrada Dias Martins, como moradia fixa. No local há apenas uma cama box, uma cadeira encostada na árvore e alguns objetos.
Ele relata que sua história de vida sempre foi difícil, cresceu sem o pai, uma vez que o genitor não o registrou, e estudou até a 5° série na Escola Jornalista José Chalub Leite. Foi criado pela mãe, que na época era empregada doméstica e usuária de drogas, mas atualmente foi liberta do vício. “Na adolescência, trabalhei em Olaria, Camelô e fui lavador de carro. Já fui casado e tenho uma filha que amo muito”, diz.
Com o tempo Marco desenvolveu um distúrbio mental, já foi preso e hoje é usuário de drogas. Seus parentes não o ajudam financeiramente. Hoje quem o ajuda são alguns policiais federais e algumas pessoas que moram pelas redondezas, que disponibilizam comida e banho algumas vezes da semana.
Quando questionado sobre o que pensa sobre o seu futuro ele diz que seu desejo é ter sua própria casa, ter como ajudar famílias carentes e ir para presídios e hospitais pregar o evangelho e resgatar pessoas para o evangelho.
Antônio mandou o seguinte rap para os leitores:
“Aqui eu tô mandando um rap da Avenida Ceará
Olha sociedade pode acreditar
É o jornal do ContilNet que veio me entrevistar
Mando um alô para todos vocês de todo coração
De Marco Antônio para o coração de Rio Branco”, finaliza.