Dólar fecha em leve alta após volta de impostos sobre combustíveis

Após o Ministério da Fazenda confirmar a volta da cobrança do PIS/Cofins e da Cide sobre os combustíveis, o dólar fechou em leve alta na sessão desta segunda-feira (27/2).

Na cotação máxima do dia, o dólar foi a R$ 5,213. A mínima foi de R$ 5,172.

Na sexta-feira (24/2), o dólar fechou em alta de 1,24%, negociado a R$ 5,198.

De acordo com o governo federal, os combustíveis fósseis deverão ser mais onerados, devido ao impacto climático.

Apesar do anúncio, não há previsão em torno da alíquota a ser cobrada sobre cada combustível, a chamada “modelagem”. Mas a expectativa é de uma recuperação integral da arrecadação do setor, de pouco mais de R$ 28 bilhões, a previsão inicial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A desoneração do diesel e do gás natural está mantida até o final do ano.

A decisão de não cobrar impostos sobre os combustíveis foi tomada a partir de uma medida provisória editada no início deste ano, que mantinha a desoneração até terça-feira (28/2).

Internamente, houve uma queda de braço entre as alas política e econômica do governo. No final, diante da perspectiva de impacto das contas públicas, venceu a equipe econômica. Haddad defendia o fim da desoneração, como forma de minimizar o rombo nos gastos públicos previsto para 2023.

No mercado, a decisão do governo de reonerar os combustíveis também foi interpretada como uma vitória da equipe liderada por Haddad.

Ainda no cenário interno, além da definição sobre os combustíveis, o mercado repercutiu nesta segunda as projeções do Relatório Focus, do Banco Central (BC). Os analistas consultados pelo BC voltaram a elevar a estimativa de inflação para 2023.

De acordo com o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5,9% – a projeção da semana passada era de 5,89%. É a 11ª semana consecutiva de alta.

 

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