ENEM que conhecemos atualmente pode acabar em 2024; entenda

Novidade para os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)! A prova pode passar por uma alteração de formato na avaliação, a partir de 2024. A informação vem do novo presidente do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais, Manuel Palácios.

De acordo com ele, a ideia é que a prova passe a avaliar também as áreas específicas, não somente o conteúdo comum. A medida terá como objetivo acompanhar a reforma do Ensino Médio.

Queda no interesse pelo ENEM

Segundo balanço apresentado pelo Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, em 2022, mais de 2 milhões de estudantes realizaram o exame. O número é considerado muito abaixo do que já registrado há alguns anos, quando o recorde de estudantes inscritos alcançou 8 milhões.

Desde 2009, a prova passou a ser a principal forma de ingresso à educação superior, durante o segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A partir desse tempo, a exame possuía 180 questões, divididas em 4 áreas do conhecimento, e mais uma redação.

Com o novo formato, o Inep pretende trabalhar para ter uma prova que, além avaliar o conteúdo comum, também examinará as áreas específicas que agora fazem parte do Ensino Médio.

Como vai funcionar o novo formato do Enem?

Nesse novo formato, o aluno escolhe a trilha que quer percorrer entre 5 áreas oferecidas (aprofundamento de estudos em Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais e Formação técnica e profissional).

Porém, cada rede estadual ou escola particular pode propor o currículo e as aulas que são oferecidas dentro dessas grandes áreas.

Para o presidente do Inep, o objetivo é que a prova seja capaz de avaliar o estudante independentemente do curso superior que ele vai escolher, que não precisa necessariamente estar ligado ao itinerário formativo cursado no ensino médio.

Ele ainda defende que o formato da 2ª etapa do Enem, que levaria em conta as áreas específicas, precisa ser elaborado em conjunto com as secretarias estaduais de Educação, que são responsáveis pelas escolas de ensino médio, e com as universidades.

“Quem elabora os instrumentos de avaliação tem de olhar a trajetória de estudante e não os desejos futuros em termos de formação superior”, disse o presidente do Inep.

Palácios também afirma que futuramente estuda trazer inovações às provas do Enem digital, nas quais quer propor interações que vão muito além de apenas marcar uma opção.

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