“Agora, tenho que deixar de fazer vaga para criminoso de Goiás para fazer quarto de motel para visita íntima”. A reclamação contra o Poder Judiciário em Goiás foi feita neste início de semana pelo governador goiano Ronaldo Caiado (União Brasil), ao reunir a imprensa para se queixar em entrevista contra o Tribunal de Justiça de seu Estado.
O governador se irritou com decisão do Tribunal de Justiça ao suspender uma lei que proibia visitas íntimas para os presos em todo o Estado de Goiás. O pedido foi feito pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional de Goiás, e acatada pelo Judiciário local, através do desembargador Carlos França.
“Visita íntima é uma regalia e não um direito. Temos de ter responsabilidade sobre esse assunto. Como um estuprador ou um autor de feminicídio poderá ter direito à visita íntima”? – questionou. “Nós sabemos que essa visita íntima sempre serviu para ser porta-voz para mandar matar alguém, mandar fazer o tráfico de uma região para outra ou cobrar uma dívida entre eles e também assassinar as autoridades, principalmente na área de segurança”, acrescentou.
Apesar da decisão, Caiado disse que não vai liberar as visitas íntimas em presídios do Estado e que tentará reverter a liminar. “Não podemos inverter os valores. Vamos construir um quarto de motel ou vamos fazer prisão”?, disse.